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Indústria fonográfica lança operação contra 200 sites de pirataria musical

Por| 20 de Maio de 2020 às 11h52

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Indústria fonográfica lança operação contra 200 sites de pirataria musical
Indústria fonográfica lança operação contra 200 sites de pirataria musical

Uma aliança entre gravadoras e distribuidoras do mercado fonográfico, junto a um serviço antipirataria chamado AudioLock, quer tirar do ar 200 sites de pirataria musical. As plataformas, de acordo com o grupo The Music Mission, possuem funcionamento e interface profissionais, tentando se passar por oficiais, mas sem nenhum tipo de contato com os selos para licenciamento, o que permite a eles cobrar preços bem menores que os dos streamings oficiais de música.

O trabalho foi iniciado pela distribuidora Label Worx, que, ao lado da AudioLock, traçou um perfil de duas centenas dessas plataformas em busca de detalhes de seu funcionamento e monetização. Aos poucos, a iniciativa foi ganhando o apoio de gravadoras e associações do setor até a fase atual, que vai envolver o contato com serviços de hospedagem e pagamentos para que interrompam os trabalhos junto a esses clientes, de forma e efetivamente minar os sites de pirataria.

As principais interessadas no trabalho são as empresas que ainda atuam no setor do download pago de músicas, já moribundo para muitos usuários que aderiram ao streaming, mas ainda popular entre DJs e profissionais do segmento. A diferença é grande: enquanto uma plataforma como a Beatport, voltada para a música eletrônica, cobra de R$ 10 a R$ 14 pelo download de uma única faixa, as páginas piratas trabalham em um sistema de assinaturas que varia de R$ 70 a R$ 280 de acordo com a qualidade das músicas, sem limites de downloads. Ofertas gratuitas e faixas grátis também surgem de vez em quando.

Além disso, as empresas chamam a atenção para a questão da segurança, afirmando que muitos destes sites ilegítimos exigem inúmeras informações pessoais dos usuários, incluindo, muitas vezes, integrações com redes sociais. Além disso, em alguns casos, a compra de serviços ou assinaturas está atrelada a mensalidades premium de serviços de hospedagem de arquivos, onde as faixas estão armazenadas.

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A lista de plataformas que serão alvo da operação não foi divulgada, mas a iniciativa afirmou que, juntas, elas acumulam cerca de 11 milhões de visitas por mês, mais do que três das maiores plataformas desse tipo a fazerem parte da iniciativa. Na união de Beatport, Juno Download e Traxsource, são 9,4 milhões de acessos. Caso a porcentagem de pagantes siga a lógica dos 0,32% registrados nas plataformas oficiais, as operações estariam gerando mais de R$ 3,5 milhões para os piratas.

O pulo do gato está na ausência de licenciamento. Por mais que as plataformas sejam operadas profissionalmente e contem com custos de manutenção, hospedagem e tecnologia, o valor mais alto para qualquer plataforma musical está nos acordos com gravadoras e artistas. Ao pularem essa etapa, os sites piratas garantem preços menores para os consumidores e margens mais altas para si.

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O diretor da AudioLock, Ben Rush, afirma que o grupo fará “o que for possível” para interromper a operação dos serviços ilegais, mas sabe que essa não será uma tarefa fácil, já que existem diferentes plataformas de monetização e suporte servindo tais plataformas, justamente como medida caso uma ou várias delas sejam tiradas do ar. Além disso, a empresa pretende criar campanhas de orientação para usuários que, muitas vezes, podem nem mesmo saberem que estão adquirindo faixas em um ambiente ilegítimo.

Uma dessas iniciativas está no próprio site da Music Mission na forma de uma ferramenta de busca na qual é possível buscar pelos nomes de gravadoras ou artistas para saber quantas infrações foram registradas nos sites que serão alvo da operação. A ferramenta, também, é uma forma de a organização angariar apoiadores, com números alarmantes que acompanham, junto, os valores que eles poderiam estar recebendo caso tais plataformas fossem oficiais e licenciadas.

Fonte: The Music Mission, TorrentFreak