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Baixo desempenho do MacBook Pro Core i9 é um caso aceitável para a Intel

Por| 24 de Julho de 2018 às 17h25

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Baixo desempenho do MacBook Pro Core i9 é um caso aceitável para a Intel
Baixo desempenho do MacBook Pro Core i9 é um caso aceitável para a Intel
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Os problemas de desempenho dos novos MacBook Pro se transformam aos poucos em uma nova epopeia tecnológica. De acordo com nota divulgada pela Intel ainda em 2015, o cenário em que um aparelho específico apresenta desempenho em desacordo com o valor estampado no processador já seria previsto.

Conforme apontou o site ExtremeTech, que desenterrou a nota, trata-se de uma escolha da própria fabricante: sacrificar desempenho em prol do design, ou vice-versa. No caso dos MacBook Pro Core i9, portanto, o rendimento fraco seria o preço a pagar por um design mais fino.

Um preço bem alto, é verdade, considerando-se que em vários testes o Core i9 8950K presente no novo laptop da Apple não conseguiu atingir nem mesmo o valor nominal mínimo de 2,9 GHz, operando em apenas 2,2 GHz por conta de problemas de resfriamento. O desempenho apenas mudou quando o referido site resolveu colocar o computador dentro de um freezer – provando que o problema está mesmo na arquitetura, que dificulta a dissipação de calor.

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E essa liberdade formalizada pela Intel atua também na contramão. Afinal, também é possível que uma fabricante queira especificar uma temperatura de superfície mais alta, que seria o preço por um dispositivo de funcionamento mais robusto – mesmo que, ao final, dois modelos com a mesma CPU apresentem velocidade de processamento discrepante. Mas deve existir um limite para isso.

“Diferente, sim – abaixo, não!”

Embora o referido texto da Intel deixe a cargo das fabricantes a decisão sobre quanto de performance será (ou não) sacrificada por um design mais esguio, parece difícil estender essa condescendência a casos extremos como os do MacBook Pro 2018.

Conforme colocou Joel Hruska em seu texto à ExtremTech, “há uma grande diferença entre limitar as capacidades turbo [para programas mais pesados] e apresentar um desempenho abaixo da velocidade do chip”.

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Fabricantes deveriam prever usos típicos

Hruska rebate também a noção de que as OEM (fabricantes originais de equipamentos, na sigla em inglês) não seriam capazes de prever as utilizações típicas dos seus usuários. “Esqueça essa ideia de que a Apple, a Dell, a HP ou qualquer outra fabricante original não poderia prever o tipo de trabalho que seria imposto por seus clientes – a maior parte delas sabe exatamente o que os seus usuários avançados vão precisar rodar, já que não há um número assim tão grande de aplicações de alto nível liderando o mercado.”

Em outras palavras, as fabricantes poderiam prever com razoável precisão qual seria o “poder de fogo” cobrado de seus modelos – sobretudo os mais onerosos. “[Basta] definir certo número de softwares que utilizem aplicações comuns; explique a razão, faça os testes”, conclui Hruska.

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Seja como for, fato é que o novo MacBook Pro chegou a apresentar desempenho até 11% inferior quando comparado ao modelo 2017. Algo dificilmente aceitável para um laptop que pode chegar a US$ 2.799 (algo em torno de R$ 10,5 mil).Discrepância semelhante também foi constatada por vários sites que conduziram testes com o modelo Core i7 – ainda que a queda de performance, nesse caso, tenha sido menor.

• Leia também:Problema de desempenho do MacBook Pro 2018 era um bug já com solução

Fonte: ExtremeTech