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Estudo sobre consumo no varejo aponta o maior causador de desistência de compras

Por| Editado por Claudio Yuge | 15 de Outubro de 2021 às 17h20

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Um dos aspectos mais afetados pela pandemia foi o comportamento do consumidor: como foi preciso manter o distanciamento social, as compras online ganharam impulso e o varejo teve de absorver essa nova modalidade. Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) apontam crescimento de 68% nas vendas online em 2020 em comparação com o ano anterior.

Para compreender essas transformações, a MindMiners ouviu 2 mil consumidores para analisar os reflexos dessa nova realidade no modo de consumir. O levantamento demonstrou que uma das principais tendências é a adesão ao universo digital: 73% dos participantes afirmam que passaram a comprar mais online. E, entre eles, 92% pretendem manter esse hábito.

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A maioria dos consumidores (70%) aderiu às compras digitais tanto pela praticidade quanto pela possibilidade de comparar preços. As principais motivações foram a busca por melhor preço (77%), o prazo de entrega (57%) e a maior disponibilidade de produtos (54%). Por outro lado, 48% dos entrevistados aponta que o preço do frete é o principal motivo de desistência.

Grandes varejistas

Os clientes, em geral, preferem comprar das grandes varejistas (58%). As mais visitadas são Americanas e Mercado Livre (48% cada), Amazon (33%) e Magazine Luiza (32%). Nas menções espontâneas, Magalu e Casas Bahias foram as mais lembradas no segmento de itens para casa e na categoria de eletroeletrônicos (em que dividem espaço com Americanas e Amazon).

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No momento da compra, os principais motivadores são melhor preço (77%), prazo de entrega (57%), maior disponibilidade de produtos (54%) e programas de fidelidade ou cashback (39%). O que mais faz os consumidores desistirem, por outro lado, é o preço do frete (48%).

Ele é citado como a pior característica das lojas online (68%) e o fato de não precisar sair de casa é visto como a melhor (70%). Nas lojas físicas, a melhor característica é poder ver e provar o produto ao vivo (75%), enquanto a pior é não poder comparar preços instantaneamente (80%).

Entre as opções de pagamento, o sistema de pagamento instantâneo (Pix) já é preferido por 30% dos clientes de lojas online. Embora tenha menos de um ano de existência, ele só perde para o cartão de crédito (66%) e para o boleto (34%). Já nas lojas físicas, ele é escolhido por 22% e fica atrás de cartão de crédito (60%), cartão de débito (47%) e dinheiro (40%).

Para 50% dos entrevistados, as lojas físicas vão mudar com o fim da pandemia e as “smart stores”, que integram o presencial e o digital, devem ganhar mais espaço. Os entrevistados acreditam que as lojas vão oferecer serviços de delivery para compras realizadas pessoalmente. Além disso, quem se habituou a
comparar preços online não deve mais deixar de fazê-lo.

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A maioria dos participantes da pesquisa (74%) ainda segue o distancimento social. E muitos não veem a hora de voltar às atividades presenciais: quase metade (43%) querem viajar, mas entretenimento (25%) e ir a bares e restaurantes (19%) também estão na lista de desejos.

Compras internacionais

As compras internacionais já movimentam bilhões de reais anualmente no país. Entre os entrevistados que já fizeram ou fazem compras online, 66% afirmam que já compraram em sites internacionais, como AliExpress, Shopee, Wish e Shein. Há, entretanto, algumas preocupações com essas plataformas. As principais são: demora na entrega, incidência de imposto, o produto não chegar e receber o item errado.

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Muitos consumidores têm medo de compartilhar informações pessoais com os sites. Enquanto 70% temem que os dados sejam compartilhados com terceiros, 57% dizem não saber como as informações serão utilizadas.