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Cade aprova a aquisição do KaBuM! pelo Magalu

Por| Editado por Claudio Yuge | 21 de Outubro de 2021 às 16h41

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Arte: Francielle Lima
Arte: Francielle Lima

A aquisição do KaBuM!, e-commerce de games e tecnologia, pelo Magazine Luiza, em julho de 2021, foi aprovada pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sem restrições. A decisão aparece no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (21) e aponta que a compra não deve ter efeitos negativos no mercado. A negociação sela a maior aquisição da história do Magalu.

O valor da operação inclui R$ 1 bilhão em recursos financeiros à vista, 75 milhões de ações ordinárias do Magalu no fechamento da operação (ou seja, ao longo de um ano e meio); e um bônus de subscrição de até 50 milhões de ações ordinárias até 31 de janeiro de 2024. Com isso, o valor total seria de R$ 3,4 bilhões. Pelo acordo, o Magalu adquire, ainda, indiretamente, as subsidiárias KaBuM! E-sports e KaBuM! NA.

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Segundo o parecer do Cade, as requerentes afirmam que, com a aquisição, o Magalu vai oferecer aos clientes uma nova variedade de produtos de alta tecnologia em seus atuais canais de venda. Isso inclui “computadores e periféricos gamer, monitores de alta resolução, componentes eletrônicos e outros itens para o público que busca artigos de tecnologia avançada”, diz o documento. Em outras palavras, as empresas argumentam que a operação é benéfica por expandir os portfólios das empresas.

A entidade informa que, para o KaBuM!, a aquisição vai representar uma nova fase, já que o portfólio de produtos da companhia será complementado pelos artigos e pela malha logística do Magalu — o que levaria a queda nos preços de frete. “E seu nível de serviço será aperfeiçoado por meio da estrutura de entrega e atendimento do Magazine Luiza.” A compra foi a 22ª aquisição do Magalu em um ano e meio.

Pressão competitiva

Para o Cade, a negociação poderia lesar competidores na venda direta de produtos eletrônicos e de informática online, mas a probabilidade de isso ocorrer é baixa. Isso porque o KaBuM! vende produtos de tecnologia com preço médio mais alto que o Magalu e, assim, a empresa não seria seu concorrente direto — ao contrário, a relação entre eles tende a ser complementar.

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O Cade consultou as principais concorrentes do Magalu (Americanas, Via (antiga Via Varejo), Mercado Livre e Amazon) no segmento de marketplace sobre a compra. Para o órgão, a aquisição deve fazer pressão competitiva no setor. O próximo passo é a avaliação de outros aspectos da aquisição durante a pós-operação, que analisa os impactos no mercado.

Frederico Trajano, CEO do Magalu, diz que a rentabilidade obtida pelo KaBuM! (com aumento de 128% em 2020 e de 61% no primeiro semestre de 2021) não é comum no varejo eletrônico. “Isso mostra que a empresa é muito alinhada com a filosofia do Magalu, que também apresenta crescimento acelerado com resultados sustentáveis”, disse ele em julho.

Fonte: InfoMoney