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Comparativo: 10 formatos de áudio e quando você deve utilizá-los

Por| 24 de Maio de 2016 às 08h53

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Comparativo: 10 formatos de áudio e quando você deve utilizá-los
Comparativo: 10 formatos de áudio e quando você deve utilizá-los

Tudo começou com o Windows 95, que popularizou os computadores com capacidades multimídia e familiarizou o grande público com os primeiros arquivos de áudio. De lá para cá, os gigantescos WAV caíram em desuso e o MP3 passou a reinar absoluto na preferência popular.

Apesar disso, há muitos outros formatos de arquivo de áudio disponíveis na atualidade. AAC, FLAC, OGG e WMA são apenas alguns deles, e levam muita gente a se perguntar qual o formato ideal.

A verdade é que todos os tipos de arquivo de áudio podem ser classificados em três grandes categorias. Logo, basta conhecer essas categorias e escolher o formato que melhor atenderá às suas necessidades.

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Formatos de áudio sem compressão

Esse formato captura e converte todo o espectro sonoro em formato digital, sem aplicar qualquer técnica de compressão ao longo do processo. O resultado são arquivos que exigem bastante espaço de armazenamento em disco - algo em torno de 34 MB por minuto em arquivos estéreo de 24-bit e 96 KHz.

PCM

A sigla PCM significa Pulse-Code Modulation, uma representação digital crua dos sinais analógicos de áudio. Para entender melhor o que exatamente isso significa, cabe explicar que sons analógicos existem como ondas; portanto, para convertê-las em formato digital, o som tem de ser amostrado e gravado em intervalos (ou pulsos).

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Sendo assim, esse formato possui uma espécie de "taxa de amostragem", que determina o intervalo de cada amostragem, e um "bit depth", que define quantos bits serão utilizados para representar cada amostragem. Ou seja, não há compressão envolvida no processo e a gravação digital se aproxima bastante do som analógico capturado.

Onde é mais utilizado?

Atualmente, o padrão PCM é mais empregado em CDs e DVDs. Há um subtipo de PCM chamado LPCM, que captura as amostragens e intervalos lineares. Este é o formato mais popular do PCM e amplamente empregado pela indústria fonográfica e cinematográfica.

WAV

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Desenvolvido pela Microsoft em parceria com a IBM em 1991, o WAV é uma sigla que significa Waveform Audio File Format. Esse foi o formato de áudio predominante na primeira metade dos anos 1990, tornando-se extremamente popular com a chegada do Windows 95 ao mercado.

Por ocupar bastante espaço em disco, muitos acreditam que todos os arquivos WAV não passam por um processo de compressão - o que não é verdade. Atualmente, o formato funciona apenas como um container para outros formatos de áudio, o que significa que ele pode conter outros formatos, inclusive os que sofrem compressão.

Onde é mais utilizado?

Na atualidade, os arquivos WAV contêm áudio descomprimido no formato PCM. Para um melhor entendimento, o que se faz é capturar e converter o som para PCM, e então embrulhá-lo num arquivo WAV. Isso ocorre para que não haja problema de compatibilidade, já que os computadores Windows conseguem decodificar o formato com facilidade e sem a necessidade de um plugin externo.

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AIFF

Sigla para Audio Interchange File Format, pode-se dizer que o AIFF é o WAV que a Apple criou para o Mac em 1988.

Tal como seu irmão mais novo, o AIFF serve de container para outros formatos de áudio, de maneira a facilitar a reprodução deles no Mac OS.

Onde é mais utilizado?

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Tal qual o WAV, o AIFF é usado de embrulho para arquivos no formato PCM. Ele também é amplamente empregado por aplicativos como o GarageBand e o Logic Audio, embora estes utilizem versões modificadas do AIFF.

Formatos de áudio comprimido com perdas

Também chamados de lossy, esses arquivos são conhecidos por perderem dados durante o processo de compressão a que são submetidos. Isso significa que há um sacrifício de qualidade e fidelidade em detrimento do tamanho final do arquivo. Mas não se desespere, pois, na maioria dos casos, a diferença é imperceptível.

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Mesmo assim, o ideal é que o áudio não passe por uma compressão muito acentuada, caso contrário ruídos e distorções começarão a aparecer aqui e acolá, comprometendo a qualidade geral do som.

MP3

Sigla para MPEG-1 Audio Layer 3, o MP3 foi lançado em 1993 e catapultado para os braços do público com o advento de programas P2P como Napster, KaZaa, eMule e similares.

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A grande sacada desse formato é que ele elimina todos os dados que estão além do espectro sonoro audível da maioria das pessoas e comprimir todo o restante. O resultado disso são arquivos de áudio leves, que ocupam pouco espaço, e que mantêm uma fidelidade bastante satisfatória em relação ao formato original.

Onde é mais utilizado?

Praticamente todos os dispositivos com capacidade de reprodução de áudio suportam o MP3, sejam eles PCs, Macs, Androids, iPhones ou Smart TVs. Atualmente, pode-se dizer que este é o formato universal de áudio.

AAC

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O Advanced Audio Coding (AAC) foi desenvolvido em 1997 com a ambição de tomar o lugar do MP3, mas, como você deve estar imaginando, não deu muito certo.

Apesar de não ter sido abraçado pelo público, o AAC é tecnicamente superior ao MP3 em vários aspectos. O mais notório deles é o algoritmo de compressão que o formato emprega. Comparando dois arquivos AAC e MP3 codificados no mesmo bitrate, o AAC mostrará uma qualidade de som superior ao MP3.

Onde é mais utilizado?

Embora não tenha colado como um formato popular, o AAC é amplamente empregado pelo YouTube, Android, iOS, iTunes e os videogames portáteis da Nintendo e Sony.

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OGG (Vorbis)

Diferentemente dos demais formatos apresentados até aqui, o OGG trata-se, na verdade, de um container e não de um formato de compressão. Ou seja, seu papel é basicamente carregar consigo formatos menos conhecidos, de maneira a facilitar sua reprodução sem a necessidade de plugins externos. O mais popular deles é o Vorbis.

Lançado em 2000, o Vorbis fez seu nome por aderir aos princípios open source e por gerar arquivos menores e com mais qualidade que a concorrência.

Onde é mais utilizado?

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Devido à popularidade do MP3 e do AAC, o OGG não encontrou um espaço para chamar de seu no mercado. Apesar disso, ele é bastante difundido entre os apreciadores do software livre, sobretudo os usuários de Linux.

WMA

Sigla para Windows Media Audio, o WMA foi lançado em 1999 e passou por várias alterações desde então. Na contramão do Vorbis, trata-se de um formato proprietário criado e mantido pela Microsoft.

A ideia do formato é corrigir algumas falhas apresentadas pelo método de compressão do MP3, o que o aproxima bastante do que é feito pelo AAC e OGG. Embora não seja tão popular quanto deveria, tecnicamente o WMA é superior ao MP3.

Onde é mais utilizado?

Por se tratar de um formato proprietário, são poucos os dispositivos que suportam o WMA. Alie isso ao fato dos resultados proporcionados por ele serem semelhantes ao AAC e OGG, então teremos a desculpa perfeito para não usar o WMA.

Formatos de áudio comprimido sem perdas

Finalmente, há a categoria dos arquivos de áudio lossless. Aqui são reunidos os formatos que empregam um método capaz de reduzir o tamanho do arquivo sem perder qualquer qualidade no processo. O problema é que, embora comprimidos, esses arquivos ocupam entre duas e cinco vezes mais espaço em disco que um arquivo lossy.

Apesar disso, é o formato ideal para os audiófilos de plantão e para aqueles que buscam qualidade acima de qualquer coisa, mas querem ter de armazenar arquivos gigantescos sem compressão.

FLAC

Sigla para Free Lossless Audio Codec, o FLAC rapidamente se tornou o formato lossless mais popular após ser lançado em 2001.

O grande diferencial do FLAC é sua capacidade de comprimir o arquivo original em até 60% sem perder um único bit de dado no processo. Além disso, ele é open source e livre de royalties, não prevendo qualquer pagamento de propriedade intelectual a quem o utilizar.

Onde é mais utilizado?

Atualmente, o FLAC é suportado pela maioria dos apps e dispositivos reprodutores de áudio. Graças a toda essa popularização, o formato tem conseguido fazer frente ao MP3, com a vantagem de oferecer arquivos de áudio de qualidade superior.

ALAC

O Apple Lossless Audio Codec (ALAC) é a alternativa da Apple ao FLAC. Originalmente, ele surgiu como um formato proprietário, mas, ao perceber a popularização do concorrente, a Apple decidiu torná-lo open source e livre de royalties.

Onde é mais utilizado?

O ALAC cumpre bem o seu papel, mas é menos eficiente do que o FLAC no que diz respeito a compressão - gerando, portanto, arquivos mais pesados. Mesmo assim, o formato tem sua cota no mercado porque o iTunes e o iOS oferecem suporte nativo a ele e barram qualquer tentativa de suporte ao FLAC.

WMA

Sim, você não está lendo errado. O WMA possui tanto um formato lossy quanto um lossless - e ambos empregam a mesma extensão. Confuso? Definitivamente.

No comparativo com os demais concorrentes, o WMA Lossless é a pior alternativa de todas. Além de gerar arquivos maiores que o FLAC e o ALAC, este é um formato proprietário que só é suportado pelo Windows e pelo Mac.

Onde é mais utilizado?

Por ser proprietário, o fator limitador do WMA é a quantidade restrita de dispositivos que o suportam. Além disso, o formato não é o mais eficiente de todos, o que leva as pessoas a optarem pelo FLAC.

Então, qual formato você deve usar?

Apresentadas as três categorias de formatos de áudio e suas principais opções, podemos dizer que a maioria das pessoas decidem pelo seguinte:

  • Se você está capturando e editando vídeos, utilize formatos sem compressão. Dessa forma, você trabalhará com a melhor qualidade de áudio possível, podendo exportar tudo para um formato comprimido da sua escolha ao fim do trabalho.
  • Se você é um fã de música e tem apreço pela fidelidade sonora, utiliza formatos lossless, sem perda de dados. Há uma grande variedade de álbuns disponíveis em FLAC por aí, mas atente para o espaço de armazenamento disponível, já que eles ocupam de duas a cinco vezes mais espaço.
  • Se pouco importa a fidelidade de áudio e você só quer curtir uma sonzeira, ou não tem lá muito espaço em disco disponível, utilize os formatos lossy, com perda de dados. A maioria das pessoas não conseguem notar a diferença entre esses arquivos e os lossless, então não há muito problema em optar por eles.

E você? Qual seu formato de áudio preferido? Tem outra dica para que os demais leitores escolham a melhor opção numa determinada situação? Então deixe seu comentário na caixa aqui embaixo.