TIM e Algar Telecom vão oferecer nova opção de operadora móvel virtual
Por Giovana Pignati | Editado por Claudio Yuge | 04 de Outubro de 2022 às 13h20
A TIM e a Algar Telecom anunciaram na última sexta-feira (30), a celebração do acordo de operadora móvel virtual (MVNO). Segundo o contrato, a infraestrutura para prestação de serviços de rede móvel virtual será compartilhada a partir da rede da TIM.
- Entenda por que Claro, TIM e Vivo pedem indenização de R$ 3,2 bi à Oi Móvel
- Rede 5G chega a mais 7 capitais brasileiras
O acordo é o primeiro desde a homologação da nova oferta de referência de produto de atacado (ORPA) da TIM, pela Anatel. A medida é uma das condições aplicadas pela agência para a autorização da venda da Oi Móvel.
A próxima etapa é a obtenção das aprovações regulatórias, incluindo outorga pela Anatel para a implantação da operação. Segundo a agência, a disponibilização da ORPA de MVNO é urgente para as empresas não detentoras de poder de mercado significativo.
A TIM atende cerca de 88% dos usuários de empresas MVNO no Brasil. Para Mario Girasole, vice-presidente de Assuntos Regulatórios e Institucionais da TIM Brasil, a assinatura do contrato com a Algar Telecom é mais um marco nesse modelo de negócio. O executivo ainda afirma que a parceria demonstra que a operadora atende às exigências de competição no mercado móvel.
O que muda para a Algar Telecom?
A Algar Telecom, operadora mineira, já operava como uma MVNO credenciada. A partir de agora, a empresa passa a ser uma MVNO autorizada da TIM. A diferença entre as duas modalidades é referente ao grau de compromissos assumidos junto ao órgão regulador.
A autorizada obedece às mesmas regras que uma operadora de telefonia móvel com espectro próprio deve atender, dependendo apenas do compartilhamento de rede. Enquanto isso, a credenciada representa a operadora de origem na venda dos serviços.
Polêmica sobre o "roaming permanente"
No último mês, a Algar perdeu um processo na Anatel devido à prática irregular de "roaming permanente" – o que ocorre quando um chip móvel permanece ativado fora de sua área originária de serviço – seja uma cidade ou outro país.
No caso, a empresa mineira registrou uma reclamação contra a Claro que limita 90 dias de roaming em seus contratos. O Conselho Diretor da Anatel negou, por unanimidade, a reclamação e considerou a prestação de serviços de Internet das Coisas (IoT) da Algar como irregular.
Apesar de os detalhes do contrato não terem sido divulgados, acredita-se que, com a cobertura da TIM, a operadora poderá oferecer serviços de IoT a nível nacional – incluindo os 7 milhões de hectares da área rural alcançados através da iniciativa Conectar Agro.
Fonte: Tele.Síntese; Teletime