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Entenda por que Claro, TIM e Vivo pedem indenização de R$ 3,2 bi à Oi Móvel

Por| Editado por Claudio Yuge | 21 de Setembro de 2022 às 14h20

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Fotoarena / Agência O Globo
Fotoarena / Agência O Globo

Claro, TIM e Vivo entraram com uma ação contra a Oi Móvel, afirmando que o montante pós-fechamento seria equivalente a um total descontado de R$ 3,187 bilhões. A venda da Oi Móvel para as empresas de telecomunicação foi concluída em abril deste ano, num valor final de R$ 16,5 bilhões — sujeito a ajustes após uma análise da saúde operacional e financeira da companhia.

Caso a cobrança seja aprovada, a TIM será a maior beneficiada, visto que ficou com a maior fatia da rede móvel e também foi a que pagou a maior parte. Em seguida está a Vivo e por último a Claro. Confira a divisão, a seguir:

  • TIM: R$ 768,9 milhões a receber, além do valor já retido de R$ 634,3 milhões, totalizando cerca R$ 1,4 bilhão;
  • Vivo: R$ 587 milhões a receber, além de R$ 488,4 milhões já retidos, totalizando cerca R$ 1,07 bilhão;
  • Claro: R$ 383,5 milhões a receber, além de R$ 324,7 já retidos, totalizando cerca de R$ 708,2 milhões.
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Do total de quase R$ 3,2 bilhões, as companhias já retém R$ 1,447 bilhão, de maneira que seria necessário que a Oi devolvesse R$ 1,739 bilhão. O valor do ajuste corresponde a 89% do valor de mercado da própria operadora no fechamento do pregão da última sexta-feira (16), avaliada em R$ 3,578 bilhões. A Oi vem enfrentando queda de suas ações desde que a notícia foi anunciada.

Queda das ações da Oi Móvel

As ações da Oi Móvel registraram uma queda de 11%, após as três empresas de telecomunicação pedirem o dinheiro de volta. No pregão desta terça-feira (20), os papéis da Oi caíram 2,13%, a R$ 0,46, por volta das 12h33. A BTG Pactual, banco de investimento brasileiro, classificou a notícia da cobrança de indenização como "muito ruim".

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Caso as empresas não entrem em acordo, haverá o parecer de mais um auditor independente e, caso a situação persista, uma arbitragem será convocada. Para a Genial Investimentos, um parecer negativo é prejudicial para a Oi, que atualmente precisa garantir o máximo de caixa no curto prazo para custear suas dívidas.

Segundo os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Vitor Melo, a Oi não receberá o valor de imediato e seu caixa de curto prazo ficará sob pressão enquanto o valor final a ser reajustado estiver sendo discutido. “E mesmo que o ajuste final seja “apenas” os 9% retidos pelas teles (R$ 1,4 bilhão), isso ainda equivaleria a um impacto negativo de R$ 0,24 por ação”, dizem em um relatório enviado aos clientes nesta segunda-feira (19).

O que diz a Oi

Quando questionada sobre o valor da indenização, a Oi Móvel declarou que há “equívocos na metodologia, nos critérios, nas premissas e na abordagem adotados pelas compradoras e seu assessor econômico KPMG”.

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A operadora informou ainda que adotará “todas as medidas cabíveis”, incluindo o exercício de apresentar às compradoras uma notificação de discordância a respeito dos ajustes pós-fechamento. As partes poderão buscar solucionar de boa-fé, quaisquer divergências que possam ter, até 30 dias após a notificação.

Fonte: TeleTime; MoneyTimes