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TikTok 'escapa' de bloqueio nos EUA pela terceira vez; mas o que isso muda?

Por  • Editado por Bruno De Blasi |  • 

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Bruno De Blasi/Canaltech
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva na quinta-feira (19) para estender o prazo para vender o TikTok no país por mais 90 dias. Dessa forma, o app não enfrenta ameaça de bloqueio e pode ser comprado até 17 de setembro deste ano.

É a terceira vez que Trump prorroga a data limite da venda, que ainda não aparenta ter negociações avançadas (e tampouco a vontade da Bytedance, controladora do app, em vendê-lo). O Canaltech ajuda a explicar as consequências do caso:

  • Por que o TikTok tem que ser vendido?
  • Quem pode comprar o TikTok?
  • Quais são as alternativas ao app no país?
  • O que está por trás dos adiamentos?
  • O que vai acontecer se ninguém comprar o app?
  • O bloqueio afetaria o Brasil?
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Por que o TikTok tem que ser vendido?

Uma lei federal dos Estados Unidos de abril de 2024 determinou que a rede social deveria ser vendida para um comprador de fora da China para poder operar no país — caso a transação não acontecesse no prazo determinado (de até nove meses, na época), a rede seria bloqueada na Terra do Tio Sam.

O motivo é uma acusação dos EUA de que o TikTok compartilha dados de usuários do país para o governo chinês. A lei foi sancionada pelo ex-presidente Joe Biden, mas a investigação do caso começou em 2021, ainda no primeiro mandato de Trump no cargo.

Quem pode comprar o TikTok?

Muitos rumores já surgiram com possíveis compradores, desde Elon Musk até a Amazon. O site The Verge disse que um grupo liderado pela Oracle esteve em conversas avançadas neste ano, mas as tarifas aplicadas pelo governo dos EUA contra a China esfriaram o caso.

Neste ano, nenhum grupo manifestou publicamente o interesse em negociar pela compra da rede. Elon Musk, inclusive, negou que tentaria uma oferta.

Quais são as alternativas ao app no país?

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Instagram e YouTube já possuem alternativas aos vídeos curtos com Reels e Shorts, respectivamente, mas são redes sociais com outros focos. Em janeiro, quando o TikTok passou por um bloqueio de um dia nos EUA, o chinês RedNote ganhou popularidade no país.

O que está por trás dos adiamentos?

Existem alguns entraves. O primeiro deles é que a ByteDance não tem interesse em vender a plataforma — e, mesmo que uma proposta vantajosa apareça na mesa, rumores indicam que o governo chinês ainda pode vetar a operação ou a venda de alguns ativos, como a tecnologia por trás do algoritmo do app.

Além disso, há dúvidas sobre qual seria o valor da venda e quem seriam os favoritos pela negociação. 

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Por fim, o jogo político é outro fator importante: Donald Trump reconhece que o TikTok teve papel importante durante a última eleição presidencial para impulsionar o público jovem (ele, inclusive, criou uma rede social na plataforma na época). O eventual bloqueio de uma rede tão grande no país poderia afetar sua popularidade.

O que vai acontecer se ninguém comprar o app?

Caso o TikTok não seja vendido até setembro, existe uma grande chance de que o prazo seja adiado novamente — se já aconteceu três vezes, pode ocorrer numa quarta

Donald Trump publicamente defende o app, enquanto negociações pela compra podem ser impactadas pelas tarifas entre os países. Porém, caso o limite não seja prorrogado, o app corre risco de ser bloqueado no país.

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O bloqueio afetaria o Brasil?

Não. Qualquer imposição feita ao TikTok com base na lei federal assinada no ano de 2024 envolve apenas os Estados Unidos. O app ficaria bloqueado por lá, mas poderia ser acessado em outros países.

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