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Pix completa um ano com 110 milhões de clientes e novas funções de segurança

Por| Editado por Claudio Yuge | 16 de Novembro de 2021 às 19h30

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O sistema de pagamentos digitais Pix, do Banco Central brasileiro, completou nesta terça-feira (16) seu primeiro ano de funcionamento quase como uma unanimidade. Nestes 12 meses, a instituição já cadastrou mais de 110 milhões de clientes, só para ficar em um exemplo. A efeméride também serviu para o BC incluir novas funções, como o Mecanismo Especial de Devolução e as modalidades Pix Saque e Troco.

A ferramenta agilizará o reembolso de uma vítima de fraude ou de falha operacional dos bancos. O mecanismo foi regulamentado por uma resolução editada pelo BC em junho, e nos últimos meses as instituições financeiras se adaptaram aos procedimentos.

Como era até então: o recebedor do dinheiro contava com uma função para devolver os valores da transação de forma parcial ou total. Mas não havia previsão de que a devolução fosse iniciada pelo banco do cliente recebedor. Em uma fraude ou falha operacional, os bancos dos dois clientes precisavam estabelecer procedimentos operacionais bilaterais para devolver o dinheiro, o que tornava o processo demorado e difícil.

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Agora, o Mecanismo Especial de Devolução implementa padrões para este caso, e com isso o BC espera que haja redução nos custos de devolução e maior eficiência. Como vai funcionar: o banco que efetuar uma devolução com essa ferramenta precisará notificar o cliente recebedor quanto à realização do débito na conta. Além disso, a transação constará do extrato das movimentações do Pix.

Pix Saque e Troco

A partir do dia 29 de novembro, o Pix Saque e o Pix Troco permitirão aos clientes sacarem e obterem troco em transações com o sistema em estabelecimentos comerciais credenciados.

Para fazer o saque, o cliente envia um Pix para o estabelecimento a partir da leitura de um QR Code. A loja vai repassar o valor integral do Pix em dinheiro para o cliente. No Pix Troco, a dinâmica é parecida, mas aqui o cliente realiza a transação em um valor superior ao das mercadorias ou serviços. O estabelecimento é obrigado a devolver em dinheiro o valor excedido.

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O limite máximo das transações do Pix Saque e do Pix Troco será de R$ 500 durante o dia e de R$ 100 à noite, entre 20h e 6h. Mas as lojas e comércios terão autonomia para ofertarem limites menores por medidas de segurança.

Os clientes podem fazer até oito operações gratuitas de Pix Saque ou Pix Troco. Já o comércio que disponibilizar o serviço vai receber uma tarifa entre R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação. O pagamento será feito peo banco onde o usuário que fizer o saque tem conta.

Open banking

O Pix também é parte do open banking brasileiro, que, ao ser concluído, padronizará o compartilhamento de informações sobre produtos e serviços entre instituições financeiras. Desde outubro, com o início da fase 3 de implementação do open banking, o Pix foi integrado ao modelo.

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Ele vai permitir transferências e pagamentos a partir de carteiras digitais, aplicativos de mensagens e agregadores de contas que se tornem iniciadores de pagamentos — que até então só valia para compras com cartões de crédito e de débito. Ou seja, o cliente não precisará usar os canais dos seus bancos para realizar essas operações. Na prática, será possível fazer pagamentos via Pix por redes sociais, mensageiros como o WhatsApp e apps de compras.

Números do Pix em um ano

Até outubro deste ano, o Banco Central contabilizava:

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  • Mais de 348 milhões de chaves Pix cadastradas, sendo 334 milhões de pessoas físicas e 14 milhões de jurídicas;
  • Mais de 112 milhões de clientes cadastrados, sendo 105 milhões de pessoas físicas e 7,4 milhões de jurídicas;
  • Mais de 1,18 bilhões de transações realizadas, totalizando R$ 583 bilhões;
  • Mais de 93 milhões usando o CPF como chave, 6 milhões usando o CNPJ, 50 milhões usando o e-mail, 76 milhões usando o número de telefone celular e 121 milhões usando chaves aleatórias.

O Pix já é aceito como meio de pagamento por mais da metade dos maiores lojistas online do país, segundo estudo de setembro da Gmattos, consultoria focada em e-commerce e meios de pagamento. De acordo com o levantamento, 50,8% das lojas pesquisadas aceitavam o sistema. A modalidade superou as carteiras digitais na terceira posição entre os meios de pagamento mais aceitos, atrás do boleto e do cartão de crédito. A pesquisa da Gmattos ouviu mais de 100 lojas online e marketplaces do país.

Fonte: Banco Central (12, 3), Gov.br