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Novo golpe com Pix mira os micro e pequenos empreendedores

Por| Editado por Claudio Yuge | 03 de Novembro de 2021 às 16h20

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Montagem/Canaltech
Montagem/Canaltech

Não há dúvida de que o sistema de pagamento instantâneo (Pix) modernizou as transações bancárias. Com ele, entretanto, vieram os mais variados golpes. Tanto indivíduos quanto empresas têm sido alvos de criminosos, que usam a plataforma para essas ações.

Em um dos formatos mais recentes de fraude, os golpistas abrem contas PJ com nomes propositalmente errados de marcas e atraem os empresários com falsas transferências de dinheiro. Mais uma vez, é a engenharia social que está por trás da ideia e o alvo são as pequenas e médias empresas (PMEs) e os microempreendedores individuais (MEIs).

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Com frequência cada vez maior nas últimas semanas, a prática é conhecida como “golpe do falso fornecedor”. A ação conta com uma falha humana no pagamento a prestadores de serviço. Em contato com as vítimas, os criminosos se passam por fornecedores de uma grande empresa, informam que houve uma mudança nos processos de pagamento via Pix e pedem uma transferência para confirmação.

Empresas de pequeno porte são as principais vítimas. A cada tentativa bem-sucedida, os prejuízos podem variar entre R$ 10 e R$ 10 mil. “Os fraudadores podem ter acesso à lista de fornecedores por vazamento de dados, informações internas ou diretamente no site da empresa, em selos no rodapé da página”, explica Raquel Aquino, analista de segurança da informação do AllowMe.

Raquel alerta que o golpe do fornecedor tem mais chance de sucesso quando praticado contra empresas que não têm procedimento de pagamento rigoroso. A confirmação do Pix apresenta nome do destinatário, CNPJ e banco — então, é essencial ficar atento a isso ao fazer qualquer operação.

Como evitar ser vítima

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Os golpistas têm a vantagem de os processos de criação de MEI e abertura de contas bancárias corporativas estar cada vez mais simples. Por isso, uma das principais formas de se prevenir contra o golpe do fornecedor é conferir as informações do recebedor ao fazer transações bancárias.

Segundo Arthur Igreja, especialista em tecnologia e segurança digital, manter contato constante com fornecedores, fazer verificações de rotina, treinar os profissionais e divulgar os tipos de golpe na comunicação interna são essenciais para a proteção. “É fundamental instruir os colaboradores para identificar as fraudes. Especialmente aqueles que atuam em departamento financeiro, compras e mantêm relacionamento com fornecedores”, destaca.

Igreja lembra, ainda, que é importante validar a identidade com o código da empresa, bem como manter conversas próximas com a fornecedora de software de gestão para fazer a verificação de códigos automaticamente no sistema. Além disso, é preciso lembrar que não é seguro compartilhar senhas por mensagens, e-mails ou SMS. Veja, a seguir, outras dicas importantes para evitar esse e outros golpes:

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  • não confie em contatos desconhecidos, por mais que se passem por fornecedores;
  • procure o fornecedor em números/e-mails seguros e utilizados comumente;
  • mesmo que o valor solicitado seja o mesmo de faturas pagas anteriormente, sempre consulte o responsável por administrar o contrato;
  • se o solicitante insistir no pagamento ou pedir para não encerrar a ligação, desconfie;
  • lembre-se de que o Pix não solicita transações de ativação;
  • fornecedores não fazem alteração de dados bancários sem formalização;
  • não informe dados pessoais e comerciais;
  • não confirme informações sigilosas entre a empresa e fornecedor (valor de fatura, serviços contratados e outros);
  • não faça transações sem a formalização por canais seguros.

Fonte: Contábeis, Jornal contábil