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Mulheres em TI | Inovação e inclusão precisam andar juntas

Por| Editado por Jones Oliveira | 18 de Outubro de 2023 às 08h00

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Reprodução/Freepik
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O Canaltech entrevistou Juliana Hurtado, Diretora de Consumo e Varejo da Intel Brasil. Além das estratégias da empresa para o mercado nacional, um tópico extremamente importante que surgiu durante a conversa foi a questão da inclusão de mulheres no mercado de tecnologia.

Juliana compõe o corpo executivo da Intel atuando no mercado de consumo e varejo desde 2012. Iniciou sua trajetória na empresa no México, responsável pela América Latina, e assumiu a conta brasileira em 2020, no início da pandemia. Segundo ela, estar inserida em uma empresa com forte cultura de Diversidade & Inclusão foi crucial para se estabelecer, sem negligenciar aspectos de sua vida pessoal.

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Cultura interna é diferente de benefício

Quando assumiu a Diretoria de Varejo da Intel Brasil em 2020, Hurtado comenta que estava em outro momento de vida e se organizando para se mudar para o país. No entanto, próximo do fim da pandemia, conheceu seu marido, tiveram o primeiro filho e, naturalmente, seus planos pessoais mudaram.

“[Estar na] Intel tem de alguma forma me ajudado sendo mãe nova, minha situação pessoal toda mudou e não é fácil fazer uma mudança de país. (...) Eu tenho viajado a cada dois meses e eu trago meu bebê. Ninguém fala ‘você vai trazer?”, ninguém está [nem] pensando sobre isso”, explica Hurtado.

Diferente do que ainda acontece em muitas empresas, brasileiras ou não, de forma alguma a mudança nos planos pessoais levou Juliana a se questionar se isto causaria problemas em sua carreira.

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Segundo ela, a cultura da Intel é de fornecer uma rede de apoio, não como um benefício, mas como parte da prática padrão da gestão, tanto de cargos executivos quanto técnicos. Por ser uma Big Tech, a Intel é uma empresa muito focada em inovação.

“(...) Para ter inovação, temos que ter um ambiente inclusivo (...) a diversidade vai trazer a cocriação e impulsionar a inovação. Tudo que acontece do nosso lado é focado nessa raíz de ser uma empresa de inovação. Não temos uma data específica de quando começamos, acho que é mais uma jornada, (...) e enxergar a importância de envolver [mulheres e homens] nos diferentes espaços da Intel, tanto para posições técnicas quanto de liderança”, continua.

Atualmente, as pautas de Diversidade e Inclusão (D&I) são cada vez mais prevalentes na sociedade, não sendo diferente com as Big Techs. Inclusive, algumas delas, como a Intel, estão atuando como ponta de lança para influenciar o ambiente corporativo como um todo.

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“A Intel está trabalhando no desenvolvimento das mulheres, e não só mulheres. Do nosso lado, nós queremos oferecer oportunidades para as pessoas se desenvolverem. Talvez nós mulheres precisemos de algumas coisas [a mais] para ajudar nessa jornada, como balanço de vida com a maternidade, e a Intel tem se preparado para ajudar nessa jornada. Não é só falar ‘vamos desenvolver programas’, é também o acompanhamento e o dia a dia que faça que seja fácil ter mais mulheres.”

Liderando pelo exemplo

Grande parte dessas práticas é resultado, por exemplo, de programas dedicados para promover D&I, como o Women@Intel Network. O WIN visa ampliar o empoderamento feminino e equidade de gênero, independente da origem e estrutura familiar, e garantir equidade de salários.

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Além disso, a política de governança da empresa conta com um comitê específico para desenvolver não apenas um ambiente de trabalho melhor, mas refletir isso na sociedade. O modelo RISE (Responsible-Inclusive-Sustainable-Enabling), visa criar esse impacto por meio de metas e projetos focados em inclusão social, desenvolvimento pessoal e social, sustentabilidade e responsabilidade corporativa.

“Dentro da Intel temos muitos programas de mentoria. Isso é parte de uma vertical estarmos à frente, porque as mulheres podem ter com quem falar e como ser guiadas. Você pode ir para a sua chefe e dizer que precisa da coisa ‘X’. Ter mentorias [para todos os segmentos] ajuda as mulheres a terem voz e expressar suas necessidades, sem medo de represália.”

Naturalmente, cada país tem suas próprias leis trabalhistas, entre licença maternidade, férias, bônus, etc. Contudo, por operar mundialmente, a Intel coloca sua cultura interna, não simplesmente alinhada, mas indo além do que apenas é regulamentado por lei. Tanto por isso, ela esteve por 12 anos seguidos no ranking de 100 melhores empresas para se trabalhar.

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O mercado de tecnologia de maneira geral ainda conta com uma prevalência maior de homens que mulheres. Por outro lado, graças a programas como o WIN e o modelo RISE, a Intel já opera com uma distribuição mais equilibrada entre os gêneros. Apesar de ser um exemplo pontual, a empresa acredita que liderando pelo exemplo, ela vem impactando esse mercado, deixando claro que inovação e inclusão são conceitos complementares.