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Sem diversidade, não há empresa disruptiva

Por| 18 de Dezembro de 2020 às 14h50

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Reprodução: Uber
Reprodução: Uber

Por Victor Feitosa*


Diversidade e inclusão podem ser sinônimo para inovação, competitividade, equipe de alta performance e criatividade. No entanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido até que possamos alcançar um mercado de trabalho que verdadeiramente abrace as pluralidades.

Um cenário de médio e longo prazo do mundo corporativo necessariamente passa por um ambiente com oportunidades para todos e todas. O famoso futuro do trabalho demanda por mudanças hoje, pois pouco adianta desenharmos uma visão de sucesso sem transformação real no nosso dia a dia a partir do agora.

Uma pesquisa realizada pela FRST Falconi, em 2020, com cerca de 50 empresas de médio e grande porte, apontou que as habilidades exigidas pelo mercado hoje são totalmente diferentes das exigidas há 10 anos atrás e, além disso, de acordo com a pesquisa, 44% das empresas não estão prontas para esse futuro previsto.

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A evolução da tecnologia faz com que as competências técnicas se transformem cada vez mais rápido e é preciso se adaptar a elas e se preparar profissionalmente para uma nova era. Um período marcado pelo aprendizado contínuo, por grandes disrupções e pela importância de habilidades fundamentalmente “humanas”. Sim, quanto mais a tecnologia avança, mas mais importantes se tornam os “human skills” dos gestores.

Diante desse contexto, competências como empatia, comunicação assertiva, visão sistêmica, colaboração e liderança inclusiva são essenciais. E tudo isso se conecta a um mercado que pratica o acolhimento, a valorização das individualidades e a busca pela inovação a partir de experiências e marcadores sociais distintos. Uma empresa diversa e inclusiva se beneficia de inúmeras formas e muitas estatísticas* endossam a relevância desse ativo estratégico:

  1. 67% dos candidatos querem ingressar em uma equipe diversificada;
  2. 57% dos funcionários querem priorizar a diversidade e a inclusão;
  3. As empresas inclusivas têm um fluxo de caixa 2,3x maior;
  4. Empresas diversas têm 35% mais chances de superar outras de porte similar;
  5. 1,7x mais chances de ser líder em inovação no seu mercado;
  6. 70% mais chances de conquistar novos mercados.

Apesar disso, é importante destacar que apenas aumentar a diversidade das equipes não leva automaticamente a uma melhor produtividade ou inovação, e ainda pode produzir uma série de conflitos.

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Podem surgir embates derivados das barreiras de linguagem, dos diferentes estilos de comunicação, das diferentes expectativas e maneiras de abordar a solução de problemas. Essas pessoas podem gastar tanto tempo tentando encontrar pontos em comum, comprometendo suas perspectivas únicas para se unirem.

Então, como liberamos o potencial de equipes diversas?

Para alavancar verdadeiramente esse ativo estratégico, o ambiente precisa incentivar a comunicação e o diálogo abertos, promovendo segurança psicológica para que os times possam, inclusive, ter conflitos de forma positiva. Ou seja, a gestão da diversidade já é e será uma pauta recorrente às lideranças de qualquer empresa.

Além disso, vale unir os times em torno de uma metodologia definida para trabalhar juntos e priorizar diferentes perspectivas, como insumo durante o processo. É possível encontrar uma cultura inclusiva na metodologia ágil, por exemplo, adaptando certos aspectos de como as equipes trabalham e associar a outros esforços intencionais de diversidade (como recrutamento e seleção) para criar espaços de trabalho inclusivos.

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Para um ano de 2021 mais diverso, organizações podem realizar um autodiagnóstico:

1. Disposição

Sua empresa está disposta a conduzir espaços de conversa sobre a inserção de diversos grupos identitários? Qual o nível de reflexão atual sobre o tema?

A conscientização de todos os colaboradores é um primeiro passo essencial na busca por um time mais diverso. Para que esse processo seja viável, é necessária a intenção da alta liderança para mobilizar seus times e até mesmo rever a estrutura atual da organização.

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2. Protagonismo

Provocar transformações para conquistar um ambiente inclusivo exige atitude e tomada de decisão. Em adicional, o entendimento de que as competências apresentadas pela equipe atual podem ser potencializadas com a entrada de perfis plurais é uma ótima premissa para moldar e conduzir os processos de atração, seleção e desenvolvimento das pessoas.

O que tem sido executado atualmente para diversificar o quadro de funcionários? Como a área de treinamento e desenvolvimento está integrada à gestão da diversidade?

3. Articulação

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Assim como a jornada para promover diversidade e inclusão nas organizações por si só engloba inúmeros desafios, sabemos que estratégias internas são apenas a ponta do iceberg.

Bem lá no fundo existem hábitos e crenças que muitas vezes parecem inocentes, mas que silenciosamente sabotam os seus esforços em inclusão. São ideias inseridas na nossa convivência desde pequenos e reforçadas por muitos anos.

Um exemplo disso é o chamado racismo estrutural, que ganhou a atenção este ano por conta de tristes episódios envolvendo empresas e instituições públicas – aqui no Brasil e no mundo.

Na maioria dos casos, não será fácil para uma empresa avançar nessa temática sozinha. Daí surge a importância de parcerias estratégias com organizações que podem agregar em conhecimento e principalmente em conexões.

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Essas parcerias ajudarão as empresas a encontrar caminhos e a se engajar em redes, que tragam novas ideias e com isso desenvolvam as competências necessárias para gerar resultados excepcionais num mundo em transformação. É preciso desenvolver uma nova mentalidade, que seja propulsora de soluções inovadoras e criativas para os problemas reais do dia a dia. A FRST é um braço de educação disruptiva dentro da empresa, para hackear o modo de ensinar, aprender e executar, valorizando a colaboração entre os participantes, as experiências e a visão de cada um para se chegar a essa nova mentalidade. Com isso, formam-se as redes que ajudam a empresa a ser mais diversa, inovadora e disruptiva.

E na sua empresa, o que falta para que 2021 seja mais diverso?


*Victor Feitosa é Mentoring Leader da FRST Falconi e já atuou como facilitador e produtor de conteúdo com foco em gestão de pessoas, diversidade e inclusão.


** 6 Statistics That Will Convince You to Prioritize Diversity & Inclusion

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https://blog.teamable.com/6-statistics-that-will-convince-you-to-prioritize-diversity-inclusion