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"Faraó dos Bitcoins" tem pedido de liberdade negado pelo STJ

Por| Editado por Claudio Yuge | 15 de Setembro de 2021 às 15h30

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"Faraó dos Bitcoins" tem pedido de liberdade negado pelo STJ
"Faraó dos Bitcoins" tem pedido de liberdade negado pelo STJ

O ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, conhecido pela alcunha de “Faraó dos Bitcoins”, teve pedido de liberdade negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Glaidson é dono da G.A.S Consultoria, empresa localizada em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e foi preso no dia 25 de agosto por suspeita de operar um esquema de pirâmide financeira. Ele é investigado por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de capitais e participação em grupo criminoso.

O "Faraó dos Bitcoins" ganhava pouco mais de R$ 800 como garçom em Búzios, na Região dos Lagos, no Rio, mas desde março de 2015, quando abriu sua primeira empresa, a G.A.S Consultoria e Tecnologia LTDA, a empresa foi responsável pela movimentação de mais de R$ 2 bilhões. Ele também é dono de outras quatro companhias, localizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo que, somadas, têm capital social avaliado em R$ 136 milhões.

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Na decisão que manteve o ex-garçom preso, o desembargador Jesuíno Rissato aponta indícios de movimentações financeiras atípicas que chegariam a bilhões de reais e a existência de valores que estariam sendo enviados para fora do país, em uma possível tentativa de ocultar o patrimônio investigado. O juiz também considerou o potencial risco de fuga dos investigados e a possibilidade de lesão irreversível aos investidores por clientes insatisfeitos.

A defesa de Glaidson, segundo o STJ, no pedido de liberdade, questionou a competência da Justiça Federal para tratar do caso e também alegou que o mercado de criptomoedas não integra o Sistema Financeiro Nacional, fazendo com que as acusações pela qual o “Faraó dos Bitcoins” responde não se configurarem como crimes.

Entendendo a pirâmide de Bitcoin

O esquema de pirâmide operado por Glaidson prometia lucros de 10% ao mês nos investimentos em bitcoins durante dois anos, sem poder retirar o aporte antes do fim do prazo. Os investigadores, porém, afirmam que a G.A.S nem sequer reaplicava o dinheiro em criptomoedas com os lucros, na verdade, sendo pagos a clientes através da entrada de capital de outras pessoas atraídas pela proposta de investimento.

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Nos últimos seis anos, segundo investigação da Polícia Federal, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo que pelo menos 50% desses valores foram movimentados nos últimos 12 meses.

Glaidson foi preso no dia 25 de agosto na operação Kryptos, executada em conjunto pelo Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal e Polícia Federal. Na busca e apreensão realizada em sua casa, foram encontrados mais de R$ 13,8 milhões em dinheiro vivo, R$ 150 milhões em Bitcoins, armazenados em carteiras físicas de criptomoedas e 21 carros de luxo, entre eles veículos das marcas BMW e Porsche.

Desde a prisão de Glaidson, mais de 11 clientes da consultoria entraram na justiça do Rio de Janeiro pedindo para que os bens da companhia sejam bloqueados. Pelo menos 5 dessas ações obtiveram pareceres favoráveis, já somando um montante arrestado R$ 290 mil.

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Fonte: Uol, O Globo, Extra