Chefe de moderação de conteúdo do Twitter pede demissão

A vice-presidente de Confiança e Segurança de Produtos do Twitter, Ella Irwin, pediu demissão da rede social na quinta-feira (1º). Ela era responsável, entre outras atividades, pela moderação de conteúdo.

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O anúncio foi feito à agência Reuters e não houve manifestação pública de nenhum dos lados. No Twitter, Irwin apagou todos seus posts e removeu a menção sobre seu cargo anterior.

Desde que comprou o Twitter, Elon Musk reduziu drasticamente a moderação de conteúdo em favor de uma “total liberdade de expressão”. Isso fez com que contas falsas, posts inapropriados e discurso de ódio crescessem na rede social. Não está claro se isso pode ter contribuído para a saída de Ella Irwin do posto ou se há mais coisas envolvidas.

Segunda saída em menos de um ano

A executiva estava no Twitter desde junho de 2022 e assumiu o cargo em novembro após a renúncia do antigo ocupante do cargo Yoel Roth. Na época, Roth disse ter deixado o posto após a aquisição da empresa por Elon Musk, mas sem dar mais detalhes.

A saída de Roth provavelmente estava ligada ao Twitter Files, espécie de tentativa de Elon Musk de responsabilizar a gestão anterior de problemas na rede social. O ex-executivo participava de um grupo secreto acusado de manipular o algoritmo para favorecer temas de interesse dos mandatários do Passarinho Azul.

Demissões no Twitter em alta

Este é o segundo caso recente de demissão aberta do alto escalão. O engenheiro-chefe do Twitter Foad Dabiri também deixou o cargo na semana passada sem mais detalhes. A saída ocorreu um dia após uma série de falhas técnicas que teriam atrapalhado uma live de Musk com o governador da Flórida, Ron DeSantis.

Antes disso, o magnata já havia feito uma onda de cortes de cargos no mundo inteiro entre novembro e janeiro. A equipe de comunicação, por exemplo, foi totalmente limada, enquanto outros setores precisaram se ajustar à escassez de pessoas.

Sob nova direção, após a chegada da CEO Linda Yaccarino, o Twitter agora luta para atrair anunciantes e se manter relevante no cenário mundial. Há, contudo, receio de muitas marcas — mais de 50% dos maiores anunciantes pularam fora — com a instabilidade do serviço, tanto em termos técnicos quanto de posturas duvidosas.

Fonte: Reuters