Aumenta o número de sites fakes que confundem consumidores

Com o avanço do comércio eletrônico, cresceu também o número de golpes realizados no ambiente digital. Uma dos casos mais comuns são os "sites semelhantes" ou "lookalike sites", que simulam portais de empresas idôneas para roubar informações dos usuários através do método phishing. Segundo uma pesquisa da empresa global Signifyd, 87% dos consumidores já foram vítimas de roubo de dados ou conhecem alguém que passou por tal situação.

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Os criminosos criam sites semelhantes para tirar vantagem da credibilidade e confiança que tal empresa ou marca oferecem, utilizando-os para diversos fins, como vender produtos falsificados, roubar dinheiro e dados pessoais, espalhar malware, entre outros. O estudo da multinacional ainda aponta as principais preocupações de brasileiros na internet, com a segurança (60%) e o medo de ter seus dados roubados (49%) no topo.

Um portal "lookalike" utiliza indevidamente logotipos, imagens e selos de autenticidade para enganar os usuários, especialmente aqueles que não tem tanto hábito de utilizar meios digitais ou conhecimento do mundo tecnológico. O objetivo é obter dados sensíveis (cartão de crédito, contas bancárias, documentos pessoais) ou a realização de transações fraudulentas por um item que não existe — deixando o cliente no prejuízo e a marca original com a imagem manchada.

"Em um espaço virtual com capacidade para milhões de domínios de sites registrados, os consumidores podem acreditar em sites fraudulentos que são aparentemente seguros. Como os e-commerces verdadeiros muitas das vezes não podem controlar e não conseguem evitar que esse tipo de golpe aconteça na internet, o ideal é criar uma comunicação assertiva e informar, assim como fazem os bancos, quais são os processos de compra do site para, dessa forma, respaldar seus consumidores. O educacional é de extrema importância neste setor", afirma Gabriel Vecchia, Diretor Comercial da Signifyd.

Dicas para se prevenir de golpes

Confira três dicas importantes da Signifyd para identificar sites fakes e se prevenir contra de golpes digitais, a seguir;

1. Nem tudo que reluz é ouro

Desconfie de ofertas de produtos muito abaixo dos praticados no mercado. Os sites falsos tendem a utilizar a estratégia do imediatismo para captar possíveis vítimas, oferecendo "preços irresistíveis". Uma dica é acessar via portal de busca os valores dos produtos selecionados para fazer a verificação.

2. Antes de clicar, atenção!

Muita atenção ao clicar em links de promoções. Leia atentamente cada detalhe do anúncio, procure por preços muito baixos, erros de grafia na URL, ou dados sensíveis sendo solicitado em momentos inadequados.

3. Redes sociais e e-mails personalizados não garantem autenticidade

Os golpistas não vão medir esforços para simular um portal que passe toda a atmosfera de segurança para que o cliente seja atraído. O que inclui links de sites similares em e-mails de phishing originários de um endereço personalizado e muito parecido com o que seria o e-mail real, fazer postagens em redes sociais e investir em anúncios digitais. Vale se atentar para links terminados em ".net" ou outros personalizados, o que pode ser um indicativo de um site clonado.

“Em caso de fraude digital, os consumidores devem procurar a delegacia de crimes cibernéticos. Para o e-commerce que teve um site clonado, é importante manter a comunicação com sua base de consumidores, enviar e-mails e comunicados de alertas, informar em redes sociais sobre as práticas ocorridas e, jamais, apontar o consumidor como culpado por ter sido enganado”, completa Gabriel Vecchia.