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Vídeo: robô subaquático mostra derretimento abaixo da “Geleira do Juízo Final”

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Imagem: Reprodução/Cornell University
Imagem: Reprodução/Cornell University

Um estudo liderado por cientistas da Cornell University, do estado americano de Nova York, produziu, com auxílio do robô subaquático Icefin, imagens do que está acontecendo sob a Geleira de Thwaites, na Antártida. O derretimento que atinge a enorme massa de gelo — conhecida popularmente como “Geleira do Juízo Final" — vem agindo de baixo para cima.

O apelido apocalíptico da Geleira de Thwaites já sugere que a comunidade científica esteja preocupada com seu derretimento. Não é para menos: sozinha, a geleira de dimensões próximas ao estado de Santa Catarina pode contribuir com a elevação de 65 centímetros no nível dos oceanos nos próximos séculos. Para entender exatamente como esse processo está acontecendo, os pesquisadores de Cornell foram à raiz do problema.

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O Icefin é um instrumento de pesquisa subaquático de funcionamento híbrido — autônomo ou remotamente controlado — que conta com câmeras de alta resolução e radares, para investigar ambientes aquáticos a até 1 quilômetro de profundidade. Além disso, ele é capaz de medir parâmetros físicos e químicos da água.

Em sua missão na Geleira de Thwaites, o Icefin registrou imagens do derretimento peculiar na base do sistema. O ponto em que a geleira encontra o fundo do mar, conhecido como linha de aterramento, já recuou cerca de 14 quilômetros desde a década de 90. Pela primeira vez, cientistas conseguiram imagens do processo.

Os resultados da pesquisa até o momento já foram publicados em dois artigos na revista Nature. Além disso, algumas imagens, como a descida de 600 metros do robô Icefin através do gelo no vídeo acima e trechos de sua investigação, foram divulgadas em vídeo.

Uma das principais descobertas do Icefin foi o padrão que está se formando abaixo da geleira. Rachaduras conhecidas como crevasses, aparições naturais devido ao movimento do gelo, também aparecem em sua base.

Britney Schmidt, cientista que lidera o projeto, afirma que "estas novas formas de observar as geleiras permitem que compreendamos que não importa somente o quanto elas estão derretendo, mas também como e onde isso acontece.”

Fonte: Nature [1] e [2] Via: Science Alert