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Terremoto "escondido" no Atlântico Sul gerou um tsunami global em 2021

Por| Editado por Patricia Gnipper | 09 de Fevereiro de 2022 às 10h10

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NOAA
NOAA

Um terremoto que abalou o Atlântico Sul no ano passado, produzindo um tsunami global, na verdade se tratava de uma sequência de cinco abalos sísmicos, segundo novo estudo liderado pela Caltech. Um terremoto raso e “quase invisível” foi responsável por 70% da energia liberada pelo fenômeno.

Em agosto do ano passado, um terremoto de magnitude 7,5 abalou o Atlântico Sul. No entanto, o epicentro do tremor foi 47 km abaixo da superfície terrestre — profundo demais para produzir um tsunami em escala global, como aconteceu.

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Além disso, houve uma ruptura de quase 400 km de extensão entre as placas tectônicas, o que deveria ter produzido um terremoto ainda maior. Os sismólogos ficaram intrigados com os sinais do terremoto e resolveram rever os dados.

Os pesquisadores descobriram então que o terremoto foi uma sequência de cinco tremores. O terceiro abalo, com magnitude de 8,2, foi o mais lento e ocorreu a apenas 15 km abaixo da superfície, mas ficou “escondido” entre os outros.

Até então, o terremoto estava ofuscado no emaranhado de ondas sísmicas daquela sequência, até que Zhe Jia, principal autor do estudo, ampliou o período de leitura para até 500 segundos.

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Foi quando Jia descobriu o terremoto que durou 200 segundos foi responsável por mais de 70% de toda a energia liberada durante a série de abalos sísmicos. “O terceiro evento é especial porque foi enorme e silencioso”, acrescentou.

Prevendo riscos de um terremoto

Prever as consequências de um terremoto como esse é um desafio complexo. O abalo no Atlântico Sul produziu um tsunami que atingiu costas até 10.000 km de distância, embora as ondas não tenham passado de 75 centímetros de altura.

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Os pesquisadores acreditam as descobertas indicam como os atuais sistemas de alerta de terremotos e tsunamis precisam ser atualizados. Para salvar a população costeira, é necessário ampliar a leitura sísmica.

Atualmente, a maior parte dos sistemas de monitoramento se concentram em períodos curtos e médios de ondas sismológicas, mas o novo estudo demonstra como os eventos mais longos podem conter informações importantes.

A equipe espera que seu trabalho contribua para o aperfeiçoamento dos centros de monitoramento de terremoto e tsunamis, de modo que possamos prever esses eventos com rapidez e total dimensão.

O estudo foi apresentado na revista Geophysical Research Letters.

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Fonte: Geophysical Research Letters, AGU, Via ScienceAlert