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O que são placas tectônicas? Conheça seus mapas e movimentos!

Por| Editado por Patricia Gnipper | 08 de Dezembro de 2021 às 17h45

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NASA
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Você sabe o que são placas tectônicas? As placas tectônicas são as peças geológicas responsáveis por moldar a superfície da Terra desde as profundezas dos oceanos às mais altas cordilheiras. Enquanto flutuam e são empurradas pelos movimentos de convecção do quente manto terrestre, algumas se chocam e outras se separam, dando origem a estruturas como vulcões — com a ocorrência de terremotos.

Todo esse movimento ocorre na litosfera terrestre, nome da camada sólida mais externa da Terra, que é toda fragmentada em grandes e pequenos blocos que sustentam os continentes e os oceanos. Em um eterno processo de destruição e construção, as placas tectônicas reciclam a superfície do planeta.

O que são placas tectônicas?

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A litosfera não é apenas a camada mais externa da Terra, mas também a mais rígida e resistente. Ainda assim, ela é fragmentada em, aproximadamente, 12 grandes placas e uma série de outras menores — as quais chamamos placas tectônicas. Estes blocos deslizam sobre a astenosfera, a parte mais interior e viscosa do manto terrestre, e nesse processo elas se separam e convergem umas das outras.

O Canaltech conversou com o geólogo Rubem Porto Junior, professor do Instituo de Geociência da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), para entender melhor este mecanismo natural.

Segundo o geólogo, as placas se criam onde existe uma separação da litosfera — isto é, uma quebra. Por conta da movimentação, elas passam a se separar e, então, são recicladas nos pontos de convergência. “Isso tudo acontece em um processo continuado de criação e destruição”, acrescentou Porto Junior.

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Enquanto os pontos de divergência (onde ocorre a quebra da litosfera) renovam as placas, os pontos de convergência as destroem — ou as reciclam conforme derretem no manto terrestre. “Os continentes, encontrados no interior da litosfera, migram com o movimento das placas”, ressaltou o professor.

Toda esta dinâmica é explicada pela Teoria da Tectônica das Placas, que também apresenta as forças atuantes desse processo geológico. As placas tectônicas, conforme disse o geólogo Rubem, representam os limites convergentes e divergentes das grandes massas continentais — em permanente movimento.

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A tectônica das placas também é responsável pela distribuição de muitas feições geológicas, como as cadeias de montanhas, associação de rochas, além da formação e crescimento do assoalho oceânico. Ainda, a localização dos vulcões e dos terremotos são consequências diretas do encontro ou separação das placas.

Movimento das placas tectônicas

A movimentação das placas está associada ao processo convectivo que ocorre no manto terrestre. Segundo Porto Junior, anomalias termais provocam a fusão do manto, produzindo o magma, que, por sua maior fluidez e menor densidade, tende a subir para as regiões mais frias da litosfera, movimentando as placas logo acima.

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Quando o magma consegue romper todas as barreiras e extravasar durante este processo, uma crosta, denominada crosta oceânica, surge a partir das conhecidas dorsais oceânicas. “Essas áreas são as que provocam divergência das placas e o crescimento do assoalho oceânico”, explicou o geólogo. Esta é apenas uma das consequências do movimento das placas tectônicas.

Enquanto isso, o empuxo provocado pelo crescimento do assoalho oceânico produz a convergência entre placas em algum outro ponto do globo, formando as grandes cadeias de montanhas, como é caso das cordilheiras dos Alpes, Atlas e Himalaia. A movimentação das placas implica em uma remodelagem permanente da parte mais externa da litosfera, na perspectiva do tempo geológico.

Outros eventos relacionados ao movimento das placas são os terremotos e as atividades vulcânicas, típicas de áreas de intensa convergência. O atrito entre as placas resulta em terremotos e também provoca o vulcanismo.

Quais são as placas tectônicas?

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A Teoria da Tectônica de Placas explica que a litosfera rígida não é constituída de uma área contínua, ou seja, ela se apresenta em fragmentos como um verdadeiro mosaico, onde cerca de meia dúzia desses fragmentos se destacam por sua grande extensão. Cada uma se movimenta a uma velocidade própria, o que também confere a um deslocamento específico — parâmetros usados para torná-las distintas umas das outras.

Quanto ao nome das placas tectônicas, podemos listar as abaixo como as mais importantes:

  • Placa Sul-Americana (na qual se encontra toda a América do Sul e, portanto, o Brasil);
  • Placa Norte-Americana;
  • Placa do Pacífico
  • Placa Caribenha;
  • Placa de Nazca;
  • Placa Africana;
  • Placa Eurasiana;
  • Placa Antártica;
  • Placa de Cocos;
  • Placa Juan de Fuca;
  • Placa Filipina;
  • Placa Australiana;
  • Placa Indiana;
  • Placa Arábica.
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Além destas, há muitas outras placas tectônicas menores. A maior de todas é a Placa Pacífica (ou Placa do Pacífico), com 103 milhões de quilômetros quadrados, abrangendo quase todo o Oceano Pacífico. Já a Placa Sul-Americana, como o nome indica, cobre toda a América do Sul — incluindo o Brasil, claro.

As placas tectônicas se deslocam a uma taxa de 3 a 5 centímetros por ano — quase a mesma velocidade com que nossas unhas crescem. E, nesse eterno monta-desmonta, elas seguirão a moldar a superfície da Terra. Com isso, elas renovam os tipos de paisagens que são palco da biodiversidade.

Tipos de limites entre as placas

Estas placas tectônicas grandes e as muitas outras menores estabelecem três tipos de limites entre elas, fundamentais para compreender a história e evolução da litosfera.

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O primeiro é o limite divergente, aquele que explica a formação do assoalha oceânico e a renovação da litosfera, como é o caso da dorsal mesoatlântica.

O segundo é o limite convergente, quando placas se chocam. Aqui, existem dois tipos de movimento dependendo da natureza da placa: o encontro de duas placas continentais dá origem as cordilheiras, e quando uma placa oceânica se encontra com uma continental, a oceânica, por ser mais densa, desliza para baixo da continental — no que fica conhecido como sona se subducção.

O terceiro tipo de limite é o conservativo. Neste caso, as placas não colidem e nem se separam, mas “se esfregam” lateralmente uma na outra. Um exemplo disso é a Falha de Santo André, na Califórnia, onde as placas Norte-Americana e do Pacífico passam uma pela outra em um movimento praticamente horizontal.

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Fonte: USGS, NOAA