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Secretário geral da ONU alerta: nenhum país está livre da crise climática

Por| Editado por Rafael Rigues | 19 de Julho de 2022 às 11h15

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Gerd Altmann/Pixabay
Gerd Altmann/Pixabay

António Guterres, secretário geral da Organização das Nações Unidas, alertou a ministros de 40 países que a humanidade está encarando um “suicídio coletivo” em meio às mudanças climáticas. A fala dele veio durante um vídeo apresentado durante o Diálogo Climático de Petersburgo, uma reunião conduzida em Berlim nesta segunda-feira (18) para discutir a crise do clima.

Guterres alertou que metade da humanidade está em uma zona de perigo, sujeita a inundações, secas, tempestades extremas e incêndios. “Nenhuma nação está imune, e mesmo assim, continuamos alimentando nosso vício em combustíveis fósseis”, disse ele. “Temos uma escolha: a ação coletiva ou o suicídio coletivo. Está em nossas mãos”, observou.

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Enquanto deixou claro que todos estão expostos a riscos, ele enfatizou que o cenário é ainda mais preocupante para os países em desenvolvimento. Em sua fala, Gutérres alertou que estas nações devem ser as mais duramente atingidas em curto prazo. “As pessoas na África, no sul da Ásia e na América Central e do Sul têm 15 vezes mais chances de morrer de eventos climáticos extremos”, acrescentou ele, dizendo que "esta grande injustiça não pode continuar".

Ele e os ministros se reuniram para a conferência, em que discutiram assuntos relacionados ao clima extremo, a escalada dos preços de combustíveis fósseis e alimentos, junto dos impactos da crise climática. O evento representa uma das últimas oportunidades para as nações fecharem acordos antes da 27ª Conferência do Clima das Nações Unidas (a COP27), que acontecerá no Egito em novembro.

Recentemente, grandes incêndios ocorreram na Europa e na América do Norte — o Parque Nacional de Yosemite, nos Estados Unidos, teve mais de 1.770 hectares atingidos pelo fogo. O calor extremo já vinha quebrando recordes há meses: a Índia, por exemplo, chegou à marca de 33,1 ºC em março, a temperatura mais alta no mês desde o início dos registros há 122 anos. Já no Reino Unido, foram emitidos alertas de calor extremo após previsões de mais de 40 ºC em algumas regiões.

Fonte: The Guardian