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Apenas um país está a caminho de cumprir suas metas climáticas, diz novo estudo

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA
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O relatório Climate Action Tracker, publicado no último dia 15 de setembro, avaliou que poucos países no mundo estão na direção certa para reduzir as emissões de carbono, apesar do compromisso firmado sob o Acordo de Paris, em 2015. Dos 36 países avaliados, além da União Europeia, apenas a Gâmbia atinge todos os requisitos necessários para limitar a mudança climática em 1,5 °C até a metade desta década.

O novo relatório é uma parceria entre as instituições de pesquisa Climate Analytics e NewClimate Institute. Nele, pesquisadores revelam que mesmo os países com boas metas não estão no caminho certo para atingi-las, enquanto outros países sequer apresentaram compromissos sólidos para 2030. Em países em desenvolvimento, as políticas para financiamento de projetos de energia limpa nem chegam perto do necessário para mudança desse cenário.

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O Climate Action Tracker chega mais de um mês após ONU publicar o 6º Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), pelo qual mais de 230 cientistas emitiram um alerta vermelho para a crise climática. Além disso, a nova análise chega antes da próxima rodada de negociações climáticas da ONU, que acontecerá entre o final de outubro e início de novembro.

O cientista climático Bill Hare, CEO da Climate Analytics e co-autor da nova análise, disse que um número crescente de pessoas em todo o mundo já sofre com os impactos, cada vez mais severos e frequentes, das mudanças climáticas. “Mas a ação do governo continua ficando para trás do que é necessário", acrescentou Hare.

O relatório classificou os países a partir de alguns critérios, como: políticas climáticas domésticas, ação e uso da terra, apoio financeiro internacional e metas de emissão — e se essas metas representam uma quantidade suficiente. Dos 36 países avaliados, apenas a Gâmbia, um pequeno país da África Ocidental, parece ter adotado medidas suficientes para aumentar o uso de energia renovável.

Países como a Costa Rica, Quênia, Marrocos, Etiópia, Nepal, Nigéria e Reino Unidos, estão “quase lá”, e eles podem atingir a meta com algumas melhorias moderadas, segundo o relatório. Mesmo com novas políticas para atualização das metas climáticas, a UE, a Alemanha e os EUA são classificados como insuficientes. A nova análise também concluiu que os países mais emissores de carbono, como a Austrália, Brasil, Indonésia e Rússia, estão congelados ao que foi proposto em 2015.

Um estudo publico na revista Nature descobriu que 90% das reservas mundiais de carvão devem permanecer intocadas no solo se quisermos, pelo menos, 50% de chance de mantermos o aquecimento global abaixo de 1,5 °C. Recentemente, 130 países se comprometeram a zerar as emissões líquidas até 2050, o que representaria 72% da emissão global.

Por fim, o relatório ressaltou que quase todos os países desenvolvidos precisam fortalecer ainda mais suas metas de redução de emissão, e o mais rápido possível, implementando políticas nacionais que apoiem os países em desenvolvimento. Até 2030, deve-se cortar pela metade o nível de carbono e, até 2050, neutraliza-lo.

Para mais informações sobre a nova análise, basta acessar Climate Action Tracker.

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Fonte: ScienceAlert