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Parece que 2 extinções em massa aconteceram há 260 milhões de anos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Abril de 2023 às 17h07

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Imagem: National Park Service/Wikimedia Commons
Imagem: National Park Service/Wikimedia Commons

A ciência já conhecia o evento de extinção em massa ocorrido há 260 milhões de anos, marcando o fim do período geológico conhecido como Capitaniano. O que novas evidências sugerem é que essa grande extinção não aconteceu de uma única vez, e sim em dois eventos distintos separados por 3 milhões de anos.

Período ainda anterior ao dos dinossauros, o Capitaniano é uma subdivisão do Permiano, o último período geológico antes da transição para a era Mesozóica — caracterizada, por sua vez, pelo surgimento e desaparecimento dos dinossauros e o rompimento da Pangea. No Capitaniano, dois eventos teriam apagado a existência de uma grande variedade de animais do período: ambos relacionados a erupções vulcânicas.

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Esta nova compreensão do passado da Terra é fruto dos estudos de pesquisadores da China, Estados Unidos e Reino Unido. Publicada na revista Earth and Planetary Science Letters, a pesquisa usa amostras de urânio coletadas no fundo do mar ao sul da China para identificar dois “pulsos” de diminuição de oxigênio nos oceanos. Em dois momentos distintos, separados por 3 milhões de anos, esse mesmo fator teria desencadeado a perda de biodiversidade já conhecida para o período.

Olhar para o passado para entender o futuro

Thomas Algeo, professor de geociências da universidade americana de Cincinnati e um dos autores do estudo, diz que “estamos estudando a crise biológica no período Permiano, mas um aquecimento semelhante está acontecendo hoje por fatores humanos.” Os mesmos efeitos destrutivos das massivas erupções de centenas de milhões de anos atrás estão sendo reproduzidos pelas atividades antrópicas, afirma o cientista.

Huyue Song, que lidera o estudo, elenca os fenômenos atuais que se assemelham aos do Permiano: diminuição do oxigênio e acidificação no oceano, aumento da temperatura global e perda de biodiversidade. "Precisamos prestar atenção a estes fatores ambientais para evitar uma sexta extinção em massa.”

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Cientistas consideram que são cinco as maiores extinções em massa já vistas no planeta. A do Capitaniano, embora não esteja entre elas, ainda é significativa. Entre as espécies que desapareceram no período estão pelo menos 30% dos invertebrados marinhos e até 80% dos tetrápodes da época.

Fonte: Earth and Planetary Science Letteres Via: Phys.org