O que era a esfera metálica que apareceu na praia do Japão?

A esfera metálica com 1,5 m de diâmetro que apareceu na praia de Hamamatsu, uma cidade no Japão, era simplesmente uma boia. É o que dizem especialistas após as autoridades locais isolarem a área para investigar o objeto com raios X, levando a especulações sobre a possibilidade de a esfera ser uma mina explosiva ou algum instrumento de espionagem da China ou da Coreia do Norte.

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As imagens de raios X mostraram que a esfera era oca, ou seja, não era explosiva. As autoridades não conseguiram identificar a origem da boia de Hamamatsu porque a parte externa dela está coberta por ferrugem e não tem marcações visíveis. Shigeru Fujieda, especialista em detritos marinhos na Universidade de Kagoshima, acredita que a boia pode ter sido projetada para ancorar um navio ou algum outro objeto pesado.

Ela não está coberta por conchas ou algas, de modo que é possível que não tenha viajado muito longe. Como não tem pintura e é maior que a maioria das boias que chegam à praia, ela provavelmente não foi usada para fins científicos. “Estas boias são um pouco maiores que bolas de basquete, e não são tão grandes”, observou ele.

“É só uma boia normal”, acrescentou Uwe Send, oceanógrafo da Universidade de San Diego. Segundo ele, os oceanógrafos trabalham com diferentes tipos de boias para pequisas. Além de pintá-las com cores brilhantes, eles as identificam com nomes e telefones, e instalam luzes ou faróis para monitoramento e identificar os equipamentos presos. Já as boias de tipos parecidos com aquela encontrada no Japão são normalmente feitas de ferro.

Elas costumam ser utilizadas para atracar embarcações em portos ou no mar e flutuam na superfície — por isso Send ficou surpreso ao ver as reações causadas por um objeto de uso tão comum. “Talvez todos estejam paranoicos devido a balões”, disse. Em sua fala, ele se referiu a ocorrências recentes nos Estados Unidos. Após um balão da China ser identificado no espaço aéreo norte-americano e acabar derrubado, outros objetos voadores não identificados apareceram por lá, e também foram derrubados depois.

Fonte: The New York Times