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Novo tipo de tempestade chamado "lago atmosférico" é localizado no Pacífico

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Dezembro de 2021 às 17h40

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Brian Mapes/NOAA
Brian Mapes/NOAA

Um novo tipo de tempestade foi localizado acima do oeste do Oceano Pacifico, chamado “lago atmosférico”. A descoberta foi feita por uma pesquisa liderada pela Rosenstiel School of Marine and Atmospheric Science, que define tal fenômeno meteorológico por sua densa umidade e lento deslocamento.

O lago atmosférico surge no oeste do Oceano Pacífico e segue até a costa da África. Diferentemente da maioria das tempestades que se formam a partir de um vórtice de ar, o novo fenômeno é criado por grandes concentrações de vapor de água.

Veja a animação feita pelo principal autor da pesquisa, Brian Mapes, com dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês):

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Os lagos atmosféricas são parecidos com os rios atmosféricos, que são regiões estreitas de umidade, mas se destacam por serem menores, com um movimento bem lento e sem posição fixa. “Chamamos esses corpos d'água desconectados e à deriva de 'lagos atmosféricos'", acrescentaram os pesquisadores.

Na região equatorial onde os fenômenos surgem, a velocidade dos ventos é baixa e é justamente por isso que eles são lentos. Ao analisarem cinco anos de dados meteorológicos, os pesquisadores descobriram o maior tempo de duração de uma tempestade: 27 dias.

Esse mesmo conjunto de dados revelou a formação de 17 lagos atmosféricos que duraram mais de seis dias, a 10° do Equador. Além disso, os pesquisadores acreditam que o fenômeno possa ocorrer em outras regiões, onde eventualmente podem evoluir para ciclones tropicais.

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Estudos dos lagos atmosféricos

Agora, a pesquisa se concentrará em uma análise aprofundada dos lagos meteorológicos para entender como eles se diferenciam dos rios atmosféricos dos quais surgem. Os pesquisadores acreditam que isso seja explicado por padrões de vento ou ventos produzidos no interior dos lagos.

O cientista atmosférico Brian Mapes disse que os ventos dessa região equatorial são tão fracos que simplesmente tudo pode afetar os lagos atmosféricos, sejam ventos internos que se impulsionam ou algum outro padrão vulnerável às mudanças climáticas.

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Neste ponto, a temperatura global é essencial para entender a dinâmica dos lagos. Por exemplo, a mudança da temperatura poderia afetar a formação dos lagos atmosféricos que desabam no leste da África — região onde a chuva é rara e valiosa.

Mapes estimou que, se todo o vapor registrado em um ano de lagos atmosféricos precipitasse, isso seria o suficiente para formar uma poça de poucos centímetros de profundidade com 1 km de largura. Em outras palavras, é bastante chuva.

O problema é que a precipitação na região só é medida de mês em mês. Por isso, a próxima fase do estudo incluirá leituras medirá a chuva diariamente. "Estou ansioso para aprender mais conhecimento local sobre eles, nesta área com uma história náutica venerável e fascinante”, acrescentou Mapes.

A descoberta foi apresentada durante o evento AGU Fall Meeting deste ano.

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Fonte: AGU, ScienceAlert