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Como os furacões se formam?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Outubro de 2021 às 15h00

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NASA
NASA

O furacão é uma grande perturbação na atmosfera, fenômeno pelo qual a natureza revela uma das suas maiores forças. A partir do ar quente e úmido das águas tropicais, ele funciona como uma espécie de motor gigante e chega a produzir cerca de metade da energia da capacidade elétrica mundial em um único evento. Mas, como os furacões se formam?

Os ciclones tropicais — como os furacões são classificados cientificamente — precisam, além do ar quente e úmido, de uma área de baixa pressão para alimentar seu sistema. É justamente por isso que eles se formam exclusivamente sobre as águas quentes dos oceanos próximos ao Equador. Mas isso não significa que em outros lugares do mundo não se formem tempestades poderosas! É que apenas nos trópicos da Terra é que este ciclone ganha a força necessária para se tornar um furacão.

Como os furacões se formam

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Os furacões nascem quando as águas próximas ao Equador atingem temperaturas superiores a 26 °C, mas é necessário bem mais do que isto para que eles alcancem a força de um ciclone tropical. Normalmente, eles começam como uma tempestade tropical e, ao avançarem sobre águas mais quentes, o sistema que os alimenta aumenta sua atividade.

O ar quente e úmido próximo à superfície, então, sobe e deixa para trás uma zona de baixa pressão —  em outras palavras, isso acontece porque, quando o ar quente se desloca para cima e bem distante da superfície, “sobra pouco ar” onde ele estava. Depois, a massa de ar ao redor do ciclone, onde a pressão é maior, é empurrada em direção à zona de baixa pressão, tornando-se quente e úmida. A partir daqui, esta é a principal dinâmica responsável por alimentar o fenômeno.

Conforme o “novo ar” quente sobe, mais ar “frio” da área circundante é deslocado para o centro do ciclone. Enquanto tudo isso acontece, o ar aquecido e úmido deslocado para o seu topo se esfria, formando grandes e densas nuvens. Então, todo o sistema passa a girar e crescer à medida que se alimenta de mais calor das águas tropicais. Por conta da rotação da Terra, os furacões que nascem ao norte do Equador giram no sentido anti-horário, e os que surgem ao sul, no horário.

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Enquanto o sistema do ciclone se alimenta de calor e umidade, girando cada vez mais rápido, forma-se uma de suas principais estruturas: o olho do furacão. A região central da tempestade é um lugar tranquilo em relação ao seu redor, além de ser a área de baixa pressão do fenômeno. O ar quente, de alta pressão, flui diretamente para o centro e, quando os ventos da tempestade em rotação atingem os 63 km/h, o fenômeno passa a ser chamado “tempestade tropical”.

Força e categorias dos furacões

Somente quando os ventos da tempestade tropical superam os 119 km/h é que ela passa a ser classificada como um ciclone tropical, ou seja, um furacão. Outra característica do fenômeno é a variação de sua nomenclatura. Por exemplo, os que nascem nas águas tropicais do Oceano Atlântico, são chamados furacões; já os nascidos no Oceano Pacífico, são nomeados de tufão — mas ambos possuem o mesmo formato e dinâmica.

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Os ciclones tropicais também são classificados em categorias de 1 a 5, de acordo com a velocidade de seus ventos de rotação. Normalmente, os furacões perdem força ao avançarem sobre a terra, mas, antes de se desmanchar, eles causam grandes danos com ventanias que podem superar os 252,6 km/h. Ainda, eles despejam uma grande quantidade de chuvas que provoca inundações generalizadas — como o furacão Ida, de categoria 4, que atingiu os EUA em agosto deste ano.

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos EUA, um único furacão consegue gerar metade de toda a capacidade de geração de energia de todo o mundo através de seus fortes ventos, enquanto as nuvens e chuva da mesma tempestade, produzem cerca de 400 vezes mais energia.

Tem furacão no Brasil?

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Em 28 março de 2004, um raro ciclone tropical do Atlântico Sul, posteriormente chamado Furacão Catarina, atingiu a região Sul do Brasil. O fenômeno surgiu a partir de um ciclone extratropical — formado acima ou abaixo dos trópicos —, que, ao avançar sobre o oceano, encontrou as condições ideais para ganhar tamanho e força.

O fenômeno ganhou tanta força que atingiu a categoria 2 dos ciclones tropicais, com ventos de até 180 km/h. Como nunca um ciclone desta proporção apareceu tão ao sul do planeta, os danos causados pelo avanço do furacão sobre a superfície foram profundos. O Catarina destruiu mais 1.500 residências e o prejuízo econômico para região chegou a aproximadamente R$ 1,2 bilhão, sendo que mais de 14 municípios decretaram estado de calamidade pública.

Como o Brasil não possui um sistema de monitoramento de furacões — afinal, estes fenômenos são raríssimos fora dos trópicos —, o furacão Catarina provocou 11 mortes e 518 feridos, número considerado relativamente baixo para um país que não possui uma rede de alerta preventiva. Até agora, o Furacão Catarina é a única tempestade deste porte a ser registrada no Atlântico Sul.

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Fonte: NOAA, NASA