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Nova erupção vulcânica massiva pode ocorrer e exige plano, avisam cientistas

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USGS/Unsplash
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De tempos em tempos, um supervulcão entra em erupção no planeta Terra e modifica por um longo período as condições climáticas, derrubando as temperaturas. A última vez que isso aconteceu foi há 200 anos. Agora, um grupo de cientistas sugere que uma nova erupção massiva pode ocorrer neste século. Mesmo com incertezas sobre o acontecimento, a equipe recomenda a criação de planos de emergência contra a catástrofe.

Para entender, a última erupção vulcânica massiva ocorreu no ano de 1815, na Indonésia. A erupção do Monte Tambora dispersou uma enorme quantidade de substâncias refletoras da luz solar (uma tipo de geoengenharia natural e completamente acidental). Assim, as temperaturas caíram em muitas partes do globo, afetando até as plantações.

Apesar da possibilidade de uma nova erupção massiva, os cientistas sabem que rastrear e prever tal fenômeno com exatidão é impossível. Alguns possíveis locais podem dar origem, em tese, a este hipotético supervulcão, como o Campi Flegrei na Itália, a área de Yellowstone nos EUA ou ainda algum novo local da Indonésia.

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Nova erupção vulcânica massiva pode ocorrer?

Para Markus Stoffel, cientista e professor na Universidade de Genebra (Suíça), a possibilidade de uma erupção vulcânica massiva, neste século, é de uma em seis. Então, a probabilidade é de pouco mais de 15%.

Se isso ocorrer, o evento “causará caos climático”, afirma o especialista Stoffel para a CNN. Um dos maiores problemas é que, por enquanto, “a humanidade não tem nenhum plano [de ação]” para conter os danos, destaca.

“Os efeitos podem ser ainda piores do que vimos em 1815 [com a erupção do Monte Tambora]”, reforça Michael Rampino, cientista e professor da Universidade de Nova York (EUA).

Erupção de um vulcão pode resfriar o planeta?

Quando um vulcão entra em erupção, grandes quantidades de dióxido de enxofre são liberadas na atmosfera, especialmente na estratosfera. Nesta camada, o gás forma partículas de aerossol que refletem a luz solar de volta para o espaço, reduzindo a quantidade de energia que chega à superfície e resfriando o planeta. As partículas podem permanecer por anos, o que gera um impacto duradouro.

Mesmo em erupções não classificadas como massivas podem ter esse impacto. Por exemplo, o Monte Pinatubo, nas Filipinas, entrou em erupção em 1991 e fez com que a média na temperatura global caísse em aproximadamente 0,5 °C.

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Por outro lado, as erupções vulcânicas mais intensas, como a do Monte Tambora, são associadas a resfriamentos mais severos, de 1 °C a 1,5 °C. Se tal evento se repetir neste século, os danos podem ser severos e muito maiores que a primeira leva de estragos causada pelo magma.

Para lidar com este possível cenário, é preciso pensar em estratégias de preparação, incluindo planos de evacuação e reforço na segurança alimentar em regiões potencialmente afetadas, como defende o grupo. Novas tecnologias também poderão acelerar a dispersão das partículas refletoras da atmosfera. 

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Fonte: Com informações: CNN