Mudanças nas correntes marítimas poderiam destruir o planeta
Por Lillian Sibila Dala Costa • Editado por Luciana Zaramela |

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) estão descobrindo como mudanças nas correntes marítimas podem estar levando à catástrofe climática, especialmente o enfraquecimento do fluxo das águas oceânicas. Segundo análises, o fenômeno pode aumentar o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera, acelerando o efeito estufa e o aquecimento global.
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Além disso, o processo se torna um círculo vicioso, já que as mudanças na circulação de capotamento estão ligadas às mudanças climáticas, então um evento influencia o outro. A lentidão crescente das correntes marítimas pode diminuir o sequestro de carbono da atmosfera pelos oceanos, embora isso também possa levar a uma menor dragagem de CO2 das profundezas do mar.
Equilíbrio marítimo quebrado
O equilíbrio natural dos oceanos, no entanto, descrito acima, pode estar sendo afetado, segundo o estudo publicado na revista científica Nature Communications. Os pesquisadores acreditam que, à medida que a circulação fica mais lenta, o oceano pode acabar liberando mais do dióxido de carbono armazenado nas águas profundas.
Segundo análises, isso aconteceria porque a lentidão das correntes oceânicas afeta o equilíbrio entre ferro, carbono, nutrientes, microorganismos da superfície e um tipo de molécula chamado “ligante”, que se liga às proteínas. O desequilíbrio entre esses elementos pode fazer com que mais dióxido de carbono suba à superfície, liberando-o das profundezas para a superfície e dali para a atmosfera.
E a liberação de CO2 na atmosfera, é claro, é perigosa para o clima, já que é um dos gases do efeito estufa e ajuda a manter mais calor nessa região do planeta, levando a uma série de consequências, como o derretimento das geleiras.
Segundo os cientistas, a descoberta muda o que acreditávamos estar acontecendo nos oceanos, e evidencia mais uma vez a necessidade de diminuir emissões de gases como o dióxido de carbono, antes que seja tarde demais para reverter as mudanças climáticas.
Fonte: Nature Communications