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Mudanças em correntes marítimas romperam um dos maiores icebergs do mundo

Por| Editado por Patricia Gnipper | 25 de Outubro de 2022 às 15h43

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Pexels/Pixabay
Pexels/Pixabay

Um dos maiores icebergs que já se teve registro, chamado A68a, se rompeu em 2020. Dois anos após o evento, cientistas descobriram a causa de sua ruptura, voltando no tempo através de imagens de satélites. O motivo da fratura foi uma rápida mudança nas correntes marítimas no sul do Oceano Atlântico.

O evento aconteceu próximo a ilha Geórgia do Sul, entre a Patagônia e a Antártida. Um primeiro rompimento já havia acontecido porque a base do bloco de gelo atingiu o fundo do oceano, mas a segunda quebra foi, por muito tempo, um enigma.

O mistério se deu pois, neste caso, o iceberg flutuava em águas abertas e muito mais profundas. Cientistas da Universidade de Princeton hipotetizaram que a fratura foi causada pela diferença de velocidade entre duas correntes marítimas que passavam pelo bloco de gelo.

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A hipótese foi testada por simulações computacionais e o resultado foi positivo: quando uma corrente muito rápida exerce força sobre uma porção do iceberg e uma mais fraca não corresponde a essa força, a estabilidade dele é comprometida. Porém, o fenômeno não é comum, já que o iceberg deve ser enorme para estar em duas correntes ao mesmo tempo.

As origens do iceberg A68a

O iceberg A68a, na verdade, já era fruto de um rompimento. A enorme massa de gelo era ainda maior quando se separou da Plataforma de Gelo de Larsen, na Antártida, se estendendo por uma área de quase 6.000 quilômetros quadrados — área um pouco maior que todo o Distrito Federal.

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O iceberg original, chamado de A68, começou a flutuar pelo oceano em 2017. Foi entre 2018 e 2019 que ele sofreu a sua primeira fratura. Os pedaços resultantes foram denominados A68a e A68b.

Estima-se que o derretimento total do A68 tenha acrescentado cerca de 1 trilhão de toneladas de água ao oceano, contribuindo para o aumento do nível d’água no mundo.

Fonte: Space