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Qual a diferença entre mar e oceano?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 07 de Novembro de 2021 às 09h00

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Kellie Churchman/pexels
Kellie Churchman/pexels

Embora os termos “mar” e “oceano” sejam comumente utilizados como sinônimos de uma grande extensão de água salgada, a diferença entre mar e oceano é estabelecida de maneira bem sutil, a partir de características específicas que os diferenciam entre si. Portanto, eles não são exatamente a mesma coisa, apesar da semelhança em suas definições convencionais.

De modo geral, não há como separar os oceanos dos mares; afinal, estes últimos são uma pequena porção do oceano global, próximos aos continentes ou ao redor de ilhas. Já os oceanos são as grandes porções de água salgadas e estão cercados pelos continentes. Tanto os mares quanto os oceanos possuem diversos formatos e perfis, definidos por localização geográfica, acidez e teor de sal das águas.

Diferença entre mar e oceano: extensões e fronteiras

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Uma das principais características que diferenciam um mar de um oceano é a sua extensão. Se olharmos o planeta Terra de fora, os oceanos logo se destacam por sua vasta extensão — eles cobrem cerca de 70% da superfície terrestre — e, portanto, são mais simples de serem assimilados. Já os mares, por mais que alguns possam ser bem extensos, ainda são bem menores se comparados aos oceanos.

Para efeitos de comparação, o maior mar do planeta é o Mar da Arábia, ocupando uma parte do Oceano Índico entre a península Arábica e a Índia, e tem uma extensão aproximada de 3,6 milhões de quilômetros quadrados. Já o menor oceano do planeta é o Oceano Ártico, com uma extensão superior a 14 milhões de quilômetros quadrados. Perceba que mesmo o menor oceano ainda é muito maior do que o maior dos mares.

Além da extensão destes corpos de água salgada, outra característica é fundamental para distinguir um mar de um oceano são suas fronteiras. Por definição, um oceano sempre está cercado por continentes; aqui, os oceanos já se diferenciam bastante dos mares. Já os mares podem estar parcialmente ou completamente cercados por terra, dando origem a diferentes formatos de mares.

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Diferença entre mar e oceano: salinidade e profundidade

Para diferenciar os mares dos oceanos, também é importante considerar outras características de suas águas, como a salinidade e a profundidade. Os mares podem ser bem mais salgados que os oceanos, e a principal explicação por trás desta variação se dá pela ação das correntes oceânicas, que funcionam como distribuidoras de matéria orgânica e sal. Dessa maneira, a taxa de salinidade dos oceanos sempre é renovada.

Em contrapartida, os mares, por serem rasos em comparação aos oceanos, estão mais suscetíveis ao processo de evaporação. À medida que a água evapora, a taxa de salinidade dela fica maior. Mas isto não significa que não exista um mar com baixa concentração de sal, como é o caso do Mar Báltico, localizado ao norte da Europa. O grande fluxo de água doce dos rios e chuva que este mar recebe compensam a evaporação.

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Os oceanos também costumam ser muito mais profundos do que os mares, com raras exceções. Um exemplo é o mar Mediterrâneo, que atinge mais de 5.000 metros de profundidade em sua parte mais funda. Ainda assim, nem se compara com a profundidade encontrada no Oceano Pacífico, responsável por abrigar uma das regiões mais profundas do mundo, que é a Fossa das Marianas — tão profunda (mais de 11 km) que o Monte Everest (quase 9 km de altura) poderia ser escondido por lá.

Tipos de mares

De acordo com suas extensões e fronteiras, os mares podem ser classificados em três principais tipos. O primeiro é o mar aberto, definido por possuir uma ligação direta com o oceano. Este mar é apenas limitado por uma porção de terra, como é o caso do Mar do Norte, que possui uma ligação direta com o Atlântico Norte enquanto é rodeado por porções terrestres da Europa e Inglaterra.

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Em seguida, temos o mar interior, que, ao contrário do aberto, possui uma ligação bem restrita com o oceano, normalmente ligando-se a ele através de estreitos ou canais. Um exemplo deste tipo de mar é o Mediterrâneo, localizado entre a Europa, África e Ásia, e ligado ao Atlântico através do estreito de Gibraltar, sendo limitado na porção oriental pelo Oriente Médio.

O terceiro tipo de mar é o fechado — e seu nome já entrega parte de sua característica. O mar fechado não possui ligação com oceanos ou outros mares. Por ser um corpo de água cercado por terras, o mar fechado também é chamado lago; no entanto, é a sua água salgada que o define como mar, e não como um lago. O mar Cáspio, localizado entre o sudeste da Europa e oeste da Ásia, é o maior mar de água fechado do mundo e o melhor exemplo desta categoria.

Mas ainda existe um tipo particular de mar que não possui nenhuma fronteira com terras. O Mar dos Sargaços, uma região alongada no meio do Atlântico Norte, tem suas fronteiras definidas por correntes oceânicas e, por isto, ele é o único mar do mundo sem fronteiras terrestres. A oeste, fica a Corrente do Golfo; ao norte, ele é limitado pela Corrente do Atlântico Norte; ao leste, pela Corrente das Canárias; e, ao sul, pela Corrente Equatorial do Atlântico.

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Tipos de oceanos

Os oceanos dominam a Terra e, por serem imensos, demarcar suas diferenças é uma tarefa complexa. Segundo a Organização Hidrográfica Internacional (IHO na sigla em inglês), responsável por definir seus limites e, portanto, seus tipos, há cinco grandes porções de água salgada, diferenciadas por fatores como geologia, correntes oceânicas e salinidade da água.

O primeiro é o Oceano Pacífico, sendo o maior da Terra, responsável por separar as Américas da Eurásia (a massa terrestre que reúne Europa e Ásia). O Pacífico é o oceano com a maior profundidade média, estimada em 4.288 metros. Além disso, esta enorme porção de água abriga o lugar mais profundo dos oceanos: a Fossa das Marianas, com mais de 11 km de profundidade.

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O Oceano Atlântico é o segundo maior do mundo e cobre um quinto da superfície terrestre. Ele é responsável por separar Europa e África das Américas. Já o Oceano Índico banha o sul da Ásia e separa a África da Austrália. Temos também o Oceanos Ártico — que banha as margens do Polo Norte — e o Antártico — por muito tempo considerado apenas uma extensão dos oceanos próximos. Neste ano, ele passou a ser oficialmente um oceano distinto por sua tamanha importância para o oceano global.

Fonte: NOAA (1,2), Ocean Clock, Geography Realm