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Lula bioluminescente mostra tentáculos brilhantes em vídeo raríssimo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Junho de 2024 às 09h29

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National Maritime Historical Society
National Maritime Historical Society

Uma das espécies mais misteriosas do mundo foi filmada nas profundezas do mar exibindo a maior luz biológica do reino animal — é uma espécie de lula abissal que atacou equipamentos científicos durante um estudo da zona hadal do oceano, a mais profunda de todas.

O registro brilhante foi feito pela Fundação Minderoo em conjunto com o Centro de Pesquisa de Mar Profundo da Universidade do Oeste da Austrália a 1.000 metros de profundidade, no Oceano Pacífico. O equipamento usado foi uma câmera de queda livre equipada com iscas, levada até o fundo do mar próxima à Passagem Samoana, região ao norte das ilhas de Samoa.

O animal em questão é a lula-luminescente-de-mar-profundo (Taningia danae), um grande cefalópode que se alimenta de crustáceos, peixes pelágicos e outros tipos de lula. Seu tamanho é famoso, já que a maior lula da espécie já encontrada tinha 2,3 metros de comprimento, uma fêmea, enquanto o espécime do vídeo tinha estimados 75 centímetros.

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Lulas e bioluminescência

No vídeo, é possível ver a lula surgindo da escuridão em direção à câmera, agarrando o objeto e então fugindo rapidamente. Instantes antes de abraçar o equipamento, no entanto, o cefalópode deixa à mostra um par de órgãos bioluminescentes — fotóforos — na ponta de seus tentáculos. A espécie ostenta os maiores fotóforos do reino animal, raramente vistos em ação pelos cientistas.

Acredita-se que os animais atordoem presas com a tática, e talvez até se comuniquem com outros indivíduos da espécie através do método.

Os padrões de luz podem ser modificados à vontade pela lula através do controle de uma membrana semelhante a uma pálpebra, cobrindo e descobrindo cada fotóforo. A lula-luminescente-de-mar-profundo provavelmente confundiu a câmera científica com uma presa e tentou intimidá-la na caça.

Pouco se sabe sobre o comportamento das T. danae, já que poucas foram vistas vivas — a maioria dos registros é feita com espécimes encalhados em praias, pescados por caso ou encontrados no estômago de baleias. A primeira vez que uma delas foi vista viva foi há 19 anos, com um sistema de câmeras semelhante ao do evento.

Fonte: The University of Western AustraliaArquipelago - Life and Marine Sciences, Biological Sciences 12