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Conheça a espécie de peixe que usa biofluorescência para se comunicar

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Julho de 2022 às 17h04

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twenty20photos/envato
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Uma espécie de peixe chamada lumpfish (Cyclopterus lumpus) chamou a atenção das redes sociais ao brilhar sob a luz UV e chegou a protagonizar um estudo publicado recentemente na revista científica Journal of Fish Biology. O artigo destaca que o peixe usa biofluorescência para se comunicar.

A biofluorescência é um fenômeno que ocorre quando o ser vivo absorve raios ultravioleta, geralmente invisíveis para as pessoas, e os reemite como cores visíveis. No entanto, a habilidade não deve ser confundida com a bioluminescência, na qual os animais produzem sua própria luz por meio de uma reação química.

Essa espécie de peixe vive no Oceano Atlântico e em partes do Oceano Ártico, podendo ser encontrada em uma variedade de cores, que mudam à medida que envelhece. No artigo em questão, os cientistas acreditam ter identificado a verdadeira cor do peixe: verde fluorescente.

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Os especialistas ressaltam, ainda, que muitas espécies têm filtros especiais em suas córneas que lhes permitem ver a biofluorescência sem a ajuda da luz UV. A teoria é que os lumpfish estejam equipados com esses filtros, o que permitiria sinalizar para sua própria espécie e mesmo assim se esconder dos predadores.

Outra teoria é que o peixe também pode usar sua biofluorescência para atrair presas, mas o mais provável, conforme reconhecem os próprios autores do estudo, é que a habilidade seja utilizada principalmente para comunicação.

Quando filhotes, os peixes da espécie podem ter quase qualquer cor do arco-íris. Quando juvenis, a cor de sua pele passa a combinar com o ambiente, ajudando a escondê-los dos predadores. Mas quando atingem a idade adulta, os lumpfish desenvolvem uma pele cinza pálida a azul clara que muda durante a época de reprodução, quando os machos ficam vermelho-alaranjado e as fêmeas ficam azul-esverdeadas.

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Como e por que a biofluorescência evoluiu em lumpfish ainda permanece um mistério, mas o artigo já fornece um primeiro passo rumo à compreensão das habilidades desse fascinante animal.

Fonte: Journal of Fish Biology via The New York Times