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Japão testa plataformas flutuantes que geram energia solar no mar

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Junho de 2024 às 16h28

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Markus Spiske/Unsplash
Markus Spiske/Unsplash

No Japão, começa a funcionar um projeto piloto para a obtenção de energia solar offshore, a partir de plataformas flutuantes com painéis fotovoltaicos (PV) na baía de Tóquio. Em um país conhecido pela escassez de terras, pensar em fazendas de energia solar flutuando no mar parece ser uma boa opção para a obtenção de energia renovável. Entretanto, ainda é necessário saber se o plano funcionará na prática.

As plataformas flutuantes foram desenvolvidas e instaladas pela empresa Sumitomo Mitsui Construction (SMC). Embora este seja o primeiro projeto para energia solar instalado no mar, a companhia japonesa já opera seis instalações flutuantes, que são comercialmente viáveis, em reservatórios e outros corpos d'água.

Sem relação ao teste japonês, cientistas da Universidade Nacional da Austrália já apontaram para o potencial energético dessas plataformas no mar. Em tese, as instalações poderiam produzir uma quantidade quase ilimitada de energia, se estiverem posicionadas próximas à Linha do Equador devido à elevada incidência de luz solar.

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Produção de energia solar no mar do Japão

As instalações da plataforma para a produção de energia solar no mar do Japão foram concluídas em abril e, agora, a usina solar já está conectada através de cabos subaquáticos para o fornecimento de energia no continente — no entanto, a produção é bem baixa ainda.

Para entender o projeto, a plataforma desenvolvida pela SMC é dividida em quatro porções de igual tamanho, sendo que cada uma delas abriga uma série de painéis de 50 quilowatts voltados para diferentes direções do globo, maximizando a obtenção de raios solares.

Além disso, a plataforma foi fixada no fundo do mar com cabos, o que impede que ela se desprenda e cause acidentes em dias com águas agitadas ou mesmo tufões. O risco de ondas altas é baixo no local da instalação.

Sal pode corroer os painéis solares?

Além das ondas e das marés, outro potencial risco para a plataforma de produção de energia solar é a alta salinidade da água, o que pode corroer os equipamentos e impedir a produção de energia renovável. Isso não ocorre nas fazendas instaladas em locais com água doce.

Para minimizar esse problema, os painéis foram revestidos com vidro tanto na parte da frente quanto na traseira A ideia é que isso os torne mais resistentes, prolongando a vida útil. Eventualmente, esse sistema de proteção ainda deve ser reforçado, dependendo dos resultados desse teste na baía de Tóquio. 

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Produção de energia renovável

Por enquanto, a plataforma produz apenas 1 megawatt, o que a torna inviável comercialmente. Entretanto, isso deve mudar, se depender da companhia japonesa. 

Até o ano de 2030, a expectativa é ampliar a capacidade de produção de energia para 150 MW. Isso é o equivalente a cerca de 30 mil painéis solares domésticos. Definitivamente, aumentará o interesse econômico pela a operação.

A seguir, veja um desses projetos para a produção de energia renovável através de plataformas flutuantes:

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Fonte: Nikkei Asia