Intenso terremoto sacudiu o nordeste do Japão e alerta de tsunami foi acionado
Por Wyllian Torres • Editado por Patricia Gnipper |
Um intenso terremoto sacudiu o nordeste do Japão na quarta-feira (16), por volta das 11h36 (horário de Brasília). O abalo de magnitude 7,4 deixou dezenas de feridos, milhares de pessoas sem eletricidade e pelo menos uma morte. O alerta de tsunami foi emitido logo após o fenômeno, sendo suspenso pelas autoridades no decorrer do dia.
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O terremoto aconteceu em Fukushima, a cidade japonesa que em 2011 viveu um acidente nuclear após um intenso maremoto ter atingido a região. Até agora, pelo menos uma morte foi confirmada, além de inúmeros pedidos de ajuda das regiões afetadas pelo recente abalo.
Nas regiões de Fukushima e Miyagi, foi emitido um alerta de tsunami que previa ondas de até um metro de altura, mas o aviso foi suspenso poucas horas após o abalo. Segundo a Agência Meteorológica do Japão (JMA), a cidade de Ishinomaki registrou ondas de até 30 centímetros.
O abalo aconteceu em Fukushima a uma profundidade de 60 km, atingindo 7,4 em magnitude. O terremoto aconteceu poucos dias após o Japão completar 11 anos desde o acidente nuclear de Fukushima. Imagens nas redes sociais mostram as áreas casas e prédios balançando intensamente.
As autoridades locais seguem avaliando os danos causados pelo terremoto, mas alertam sobre tremores secundários — que, além de comuns, podem ser tão poderosos quanto o abalo inicial.
Efeitos do terremoto em Fukushima
A fornecedora de energia do Japão, TEPCO, disse que mais de duas milhões de residências ficaram sem energia elétrica, mas o apagão já foi solucionado. Além disso, nenhuma anormalidade foi detectada na usina nuclear de Fukushima.
As autoridades locais, no entanto, pediram que a população se mantenha informada e longe da costa, por conta dos tremores secundários que podem produzir tsunamis. O Japão se encontra no conhecido Anel de Fogo do Pacífico, um arco de intensa atividade sísmica que vai do sudeste da Ásia ao Pacífico.
Justamente por isso, o país tem terremotos com frequência. Não é à toa que o Japão tem regulamentos exigentes para garantir a construção de edifícios capazes de resistir a intensos abalos sísmicos — mas a catástrofe de 2011 ainda é muito recente na memória da população.
Na semana passada, houve um minuto de silêncio no Japão em memória das mais de 18 mil pessoas que morreram ou desaparecem após o tsunami de 2011. Ainda hoje, Fukushima tem cerca de 12% de sua área restrita devido aos níveis de radiação.
Fonte: Via ScienceAlert