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Expansão de plantas nativas da Antártida aponta efeitos das mudanças climáticas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 21 de Fevereiro de 2022 às 12h50

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Reprodução: Freepik/Wirestock
Reprodução: Freepik/Wirestock

A rápida expansão de duas espécies vegetais na Antártida pode ser um alerta sobre os efeitos das mudanças climáticas no continente, segundo novo estudo liderado pela University of Insubria. A descoberta indica que o frágil e remoto ecossistema pode ter atingido seu ponto de inflexão — ou está bem próximo disso.

Para o estudo, a equipe de pesquisadores analisou duas espécies nativas da Antártida: Deschampsia antarctica e Colobanthus quitensis. O crescimento de ambas foi medido na pequena subantártica Ilha Signy entre 2009 a 2019.

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A equipe acredita que a expansão dessas espécies esteja atrelada ao aumento da temperatura global, além da redução da população de focas (o que pode estar relacionado à disponibilidade de alimentos), que eventualmente as esmaga.

De 1960 a 2011, o ar esquentou 0,002 °C anualmente, mas depois passou a aquecer a uma taxa de 0,25 °C por ano. Enquanto isso, entre 1960 e 2009, a taxa de crescimento da D. antarctica foi de quase 21% a cada década, aumentando para 28% ao ano entre 2009 e 2018.

Nos mesmos períodos, a taxa de crescimento da C. quitensis passou de 7% para 154% por década. Essa rápida expansão pode perturbar profundamente o ecossistema, provocando perdas irreversíveis na biodiversidade.

Sinais das mudanças climáticas

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O mesmo tipo de expansão foi observada na Europa, mas esse foi o primeiro estudo a apontar evidências na Antártida das respostas do ecossistema ao aquecimento global, sugerindo que o isolado continente pode não ser tão resistente como se pensava.

O que acontece na Ilha Signy, segundo os autores, pode estar acontecendo também em outras partes do mundo, mas são necessárias mais pesquisas para confirmar. Ainda, mais estudos precisam avaliar os possíveis impactos e consequências dessa expansão.

Com tantos efeitos das mudanças climáticas em curso, torna-se um desafio conseguir prever com o mínimo de precisão para onde a Antártida irá em um futuro próximo, mas não há dúvidas de que este delicado ambiente está sob ameaça.

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A pesquisa foi apresentada na Current Biology.

Fonte: Current Biology, Via ScienceAlert