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Estudo revela como satélites monitoram os níveis de CO2 atmosférico com precisão

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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ESA/Airbus
ESA/Airbus

Diante do grande desafio de limitar o aquecimento global e também de reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa, os satélites de monitoramento terrestre, cada vez mais aprimorados, têm cumprido a importante tarefa de monitorar os níveis de poluição da atmosfera. Um estudo conduzido pelo Goddard Space Flight Center, da NASA, revelou o ótimo desempenho destas ferramentas ao observarem pequenas reduções, mas altamente específicas, nos níveis de dióxido de carbono (CO2) relacionados às restrições da pandemia.

Embora as emissões globais de gases de efeitos estufa (GEE) tenham apresentado uma considerável redução em 2020 como consequência das medidas restritivas, estes níveis ainda estão longe do ideal. Por isto, os satélites são ótimos aliados para monitorar a complexa atmosfera da Terra. A nova pesquisa revelou que a tecnologia de satélite detectou reduções de 0,14 a 0,62 partes por milhão em áreas bem específicas, entre fevereiro e maio do ano passado.

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Pode parecer pouca coisa, mas estas medições são um bom sinal, pois revelam que os satélites são capazes de monitorar os níveis de dióxido de carbono com o máximo de precisão possível. Como o CO2 é um dos principais agentes do efeito estufa e, consequentemente, do aquecimento global, acompanhar suas concentrações é fundamental para saber se estamos no caminho de cumprir as metas climáticas — como limitar o aquecimento global em até 1,5 °C, por exemplo.

A equipe por trás do estudo explicou que o dióxido de carbono é difícil de monitorar porque ele se mistura bem na atmosfera e se espalha pelo mundo. "Em contraste, o dióxido de nitrogênio, por exemplo, aparece em nuvens distintas e concentradas diretamente acima das fontes de emissão", acrescentaram os autores. Eles utilizaram um novo modelo para aplicar os dados do Sistema de Observação da Terra (GEOS, na sigla em inglês) do Goddard.

O sistema monitora os níveis de dióxido de carbono atmosférico global a cada três horas, com os dados do satélite Orbiting Carbon Observatory-2 (OCO-2), lançado em 2014. Na ocasião, o OCO-2 foi lançado com o propósito de realizar medições da atmosfera a até 24 vezes por segundo, de modo que os cientistas pudessem rastrear a origem do gás e onde ele era consumido.

Os pesquisadores reconheceram a grande importância do OC-2 para o desenvolvimento de modelos mais complexos e precisos. "Esta estratégia melhorou a cobertura, a exatidão e a precisão sobre as técnicas existentes”, acrescentou a equipe.

Fonte: Space.com