Entenda o tsunami meteorológico, fenômeno que atingiu Santa Catarina
Por Júlia Putini • Editado por Luciana Zaramela |

Nesta semana, um evento raro chamado de tsunami meteorológico atingiu a cidade de Jaguaruna, em Santa Catarina. Derrubando muros, árvores, destruindo pontes e casas na madrugada de segunda-feira (2), ele é considerado raro, mas potente.
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A meteorologista do Metsul, Estael Sias, explica o que é o fenômeno e esclarece as seguintes dúvidas:
- O que é?
- Por que ele ocorre?
- Vai acontecer de novo?
O que é?
Segundo a meteorologista, em entrevista ao Canaltech, o "meteotsunami", como se abrevia o fenômeno, é a ocorrência de ondas gigantescas de dois metros ou mais, causadas por perturbações na pressão atmosférica.
Em geral, ele se dá quando outros eventos meteorológicos acontecem de maneira repentina, como tempestades fortes, e frentes de rajadas.
As frentes de rajadas, por sua vez, são fortes rajadas de vento que ocorrem na borda de uma nuvem de tempestade. Elas surgem a partir da diferença de pressão entre o ar frio que desce da nuvem e o ar quente que sobe do solo.
Por que ele ocorre?
Estael explica que, ao contrário dos tsunamis, que são desencadeados por abalos sísmicos (terremotos e tremores de terra) os tsunamis meteorológicos acontecem, como diz o nome, por eventos meteorológicos.
De acordo com a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), meteotsunamis já foram documentados em muitos lugares ao redor do mundo, como os Grandes Lagos, o Golfo do México, a Costa Atlântica dos Estados Unidos e os mares Mediterrâneo e Adriático.
A meteorologista destaca ainda que outros eventos semelhantes já ocorreram anteriormente tanto no Rio Grande do Sul como em Santa Catarina nos últimos anos.
Vai acontecer de novo?
Por estar atrelado a eventos de mudança repentina e brusca nas condições de temperatura, pressão e precipitação, é um fenômeno de difícil previsão. Ou seja, não dá para saber na prática como, quando ou se ele ocorrerá de novo na mesma região.
No entanto, qualquer região litorânea pode sofrer com a incidência desse evento climático, em especial Santa Catarina, que possui praias bastante abertas.
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