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Ártico deve ficar sem gelo em sete anos, preveem cientistas

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Foto:Céline Heuzé/University of Gothenburg
Foto:Céline Heuzé/University of Gothenburg

Cientistas usaram modelos climáticos para prever quando o Ártico ficará completamente sem gelo, o que deve acontecer antes do previsto, a partir de 2030. O estudo com os resultados foi publicado nesta terça-feira (3) na revista científica Nature Communications. 

Usando dados de mais de 300 simulações de computador, a maioria dos modelos indicou que o primeiro dia sem gelo pode acontecer entre 2032 e 2043. Esse resultado ocorrerá independentemente de uma possível melhora nas emissões de gases de efeito estufa. Ou seja, mesmo uma diminuição drástica da poluição não irá impedir o degelo.

De acordo com os padrões estabelecidos pela comunidade científica, o local será considerado "sem gelo" no momento em que houver menos de 1 milhão de quilômetros quadrados de gelo. Atualmente, ainda existem 4,28 milhões de quilômetros quadrados.

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Outros resultados, mais catastróficos, sugerem que o primeiro dia sem gelo no Oceano Ártico pode ocorrer dentro de três anos a seis anos.

Além disso, os pesquisadores descobriram que um outono quente seguido por um inverno e primavera quentes é uma combinação extremamente prejudicial. Isso se deve ao fato de que, primeiro, o calor anormal no outono enfraquece o gelo marinho.

Depois, caso as duas próximas estações (inverno e primavera) apresentem temperaturas acima da média, a água não consegue passar para o estado sólido, e o gelo não se forma. 

Segundo dados do National Snow and Ice Data Center (Centro Nacional de Dados do Gelo e Neve, em tradução livre), em setembro deste ano os níveis de água do mar congelada no Ártico foi um dos mais baixos já registrados desde 1978.

Os registros dão conta de que, a cada década, 12% de gelo é perdido, em uma velocidade sem precedentes.

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Fonte: Nature Communications