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Dia Mundial dos Oceanos deste ano promove a revitalização pela ação coletiva

Por| Editado por Rafael Rigues | 08 de Junho de 2022 às 11h50

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Jeremy Bishop/Pexels
Jeremy Bishop/Pexels

Nesta quarta-feira, 8 de junho, comemora-se o Dia Mundial dos Oceanos. A data, celebrada desde 1992, foi criada para chamar a atenção sobre a extrema importância deste corpo d’água que cobre 70% da superfície do planeta, não apenas para nós, humanos, mas para todas as formas de vida na Terra.

Mais do que nunca, a data também serve para alertar a população mundial a respeito da crescente ameaça à saúde dos oceanos, produzida por atividades humanas insustentáveis como a pesca ilegal e o despejo de lixo nestas águas.

O que é o Dia Mundial dos Oceanos?

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O Dia Mundial dos Oceanos foi declarado pela primeira vez em 8 de junho de 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco-92), realizada no Rio de Janeiro. No entanto, a data só foi oficializada pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) em 2008.

Anualmente, a data serve para chamar atenção sobre a preservação dos ecossistemas marinhos e a ONU aproveita a ocasião para realizar uma série de atividades com este propósito, abordando uma pauta específica a cada ano. Neste ano, o temo abordado é Revitalização: Ação Coletiva pelo Oceano.

O objetivo é destacar as diversas iniciativas coletivas pelo mundo que lutam pela conservação, restauração e, especialmente, a exploração científica dos oceanos — pois mais de 80% deste mundo aquático ainda é desconhecido. Para preservar, é indispensável conhecer.

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A importância dos oceanos

Os oceanos são divididos em cinco grandes corpos d’água: Atlântico, Pacífico, Índico, Ártico e o Antártico; mas esta divisão serve apenas para organizar a maneira como estudamos estas águas. Na verdade, todos eles compõem um oceano global, que conecta todos os continentes.

O oceano global é responsável por produzir até 50% do oxigênio que respiramos, além de absorver 30% do dióxido de carbono — um dos principais agentes do aquecimento global. Assim, este mundo aquático desempenha um papel na regulação do clima.

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Os oceanos também são uma grande fonte de alimento. Segundo o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), cerca de 28% da população mundial vive em regiões costeiras e mais de 2 bilhões de pessoas dependem direta ou indiretamente dos ecossistemas marinhos para sobreviver.

Estima-se que os oceanos forneçam até 170 milhões de toneladas de frutos do mar por ano, correspondendo a 15% de toda proteína consumida. Mais do que uma fonte de subsistência, os ecossistemas marinhos abrigam pelo menos 230 mil espécies de plantas, invertebrados, peixes e outros.

Além de regular o clima ao remover gás carbônico e lançar oxigênio na atmosfera, os oceanos também equilibram o clima global a partir da circulação das correntes oceânicas. O calor absorvido pelas águas, é distribuído pelo globo — dos trópicos aos polos; da superfície às profundezas.

Ameaças aos oceanos

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Entre as principais ameaças aos oceanos estão a pesca excessiva, que desequilibra ecossistemas inteiros; a poluição dos mares, principalmente a poluição plástica; e os efeitos das mudanças climáticas nos oceanos; que têm alterando a temperatura deles.

O aumento da temperatura dos oceanos contribui para os efeitos das mudanças climáticas, intensificando o derretimento do gelo polar e, consequentemente, aumentando o nível do mar — uma ameaça direta às populações costeiras.

Um oceano mais quente também afeta diretamente as correntes oceânicas. Estas correntes, uma vez alteradas, trazem efeitos negativos ao transporte de nutrientes pelo oceano e na produção de oxigênio que vem do processo de fotossíntese de espécies marinhas como o plâncton.

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Outra consequência de um oceano mais quente é a morte dos recifes de corais. Os recifes são a base da cadeia alimentar marinha e quando morrem, muitas espécies são afetadas. Por fim, um oceano mais quente também é sinônimo de fenômenos atmosféricas mais frequentes e intensos, como os furacões — outra ameaça às populações costeiras.

Cinco ações para revitalizar os oceanos

Para conscientizar e incentivar o público sobre a importância da proteção e recuperação dos oceanos, a National Geographic listou algumas iniciativas que cada um pode adotar. As dicas fazem parte do quarto episódio do Nat Geo Podcast, apresentadas pelas convidadas Tamara Klink, navegadora e escritora, e também pela documentarista, fotógrafa e ativista Bárbara Veiga.

A seguir, confira as cincos ações para a revitalização dos oceanos:

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  • Menos cigarro: o cigarro é um grande agente poluidor. Em todo o mundo, estima-se que até 4,5 bilhões de bitucas (resíduos) de cigarro sejam produzidas todos os anos. Além disso, este resíduo também polui os oceanos com o microplástico — que afeta toda a cadeia alimentar;
  • Menos plástico: estima-se que 11 milhões de toneladas de plástico cheguem aos oceanos anualmente e, até 2040, este número pode triplicar. O plástico representa 85% do lixo humano que chega aos ecossistemas marinhos — aqui, a reciclagem é uma ferramenta fundamental para diminuir a quantidade de lixo que chega aos mares;
  • Menos combustível fóssil: as emissões excessivas de gases de feitos estufa (GEE), além de aquecer os oceanos, está diminuindo o nível de oxigênio nas águas marinhas e isto pode provocar uma extinção em massa de inúmeras espécies. Se estas emissões forem reduzidas imediatamente, este risco cai em até 70%;
  • Menos pesca predatória: a demanda comercial de pesca avança para áreas cada vez mais profundas dos oceanos em busca de espécies marinhas e esta prática excessiva causa um profundo desequilíbrio nos ecossistemas marinhos. Até mesmo grande animais como tartarugas e golfinhos ameaçados de extinção são afetados pela pesca predatório;
  • O que você faz importa: por mais desafiadores que estas mudanças sejam, elas não são impossíveis de serem alcançadas, especialmente quando são almejadas em coletivo. Uma postura consciente deve ser adotada desde a maneira como nos vestimos até como nos alimentamos

Fonte: ONU, National Geographic