Nível dos mares dos EUA subirá pelo menos 30 cm até 2050, aponta relatório
Por Wyllian Torres | Editado por Patricia Gnipper | 16 de Fevereiro de 2022 às 16h40
O nível do mar em toda a costa dos EUA subirá 30 centímetros até 2050, segundo novo relatório climático elaborado por diversas agências norte-americanas, incluindo a NASA. Estima-se que nos próximos 30 anos, a altura do oceano aumente tanto quanto subiu nos últimos 100 anos da história do planeta.
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Embora o relatório só cubra os mares norte-americanos, ele fornece um vislumbre do que também acontecerá em outras partes do mundo à medida que as mudanças climáticas demonstram seus efeitos ainda mais severos.
O documento, elaborado por diversas agências governamentais dos EUA, entre elas a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), diz que, em média, os mares subirão de 25 a 30 centímetros até 2050.
Segundo o administrador da NOAA, Rich Spinrad, o relatório inclui as projeções mais atualizadas dos EUA. Para Bill Nelson, administrador da NASA: “passou da hora de agir para enfrentar essa crise climática”.
Além disso, Nelson destacou que o nível do mar continua a subir a um ritmo alarmante, ameaçando as comunidades costeiras de todo o mundo. Este é o primeiro relatório que projeta os níveis de mar em curto prazo.
Esforço coletivo
Os relatórios climáticos são fundamentais para reunir informações sobre os efeitos da mudança climática a longo prazo, dando aos tomadores de decisão mais tempo de se prepararem para enfrentar tais efeitos.
Para a próxima década, a NASA pretender criar cinco grandes observatórios para informar com precisão o que acontece com a atmosfera, gelo, e massas de terra e de água do nosso planeta — não apenas para reunir essas informações, mas comunicá-las com clareza.
Ao que tudo indica, a agência espacial norte-americana lançará a missão Surface Water and Ocean Topography (SWOT) em novembro desse ano. Será o primeiro satélite totalmente dedicado a monitorar a elevação de rios, lagos, córregos e mares.
Spinrad disse que o relatório tem um lado positivo: “fornece as informações necessárias para agir agora e nos posicionarmos melhor para o futuro”; destacando a necessidade de um esforço coletivo para enfrentarmos as consequências das mudanças climáticas.