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Cientistas explicam misteriosas espirais que surgiram no Mar Báltico

Por| Editado por Patricia Gnipper | 12 de Maio de 2023 às 16h04

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ESA/NASA Earth Observatory
ESA/NASA Earth Observatory

Após cinco anos aparecendo em imagens de satélite, manchas espiraladas no Mar Báltico, ganharam uma explicação. A substância que aparece na superfície da água da Baía de Gdansk, Polônia, é o pólen proveniente de pinheiros da região.

Embora as manchas sejam visíveis a olho nu, elas ficam mais claras através da composição de imagens de satélite em falsa cor — técnica que usa tonalidades diferentes das reais para ressaltar certos elementos que se quer analisar. Já se sabia como o formato em espiral surge — o movimento das ondas e das correntes marítimas, influenciadas pelos ventos — mas o que era, de fato, a substância permanecia um mistério.

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A primeira suspeita era de que se tratava de mucilagem marinha, ou muco marinho, uma material viscoso formado por plâncton, matéria orgânica e minerais. Um artigo científico no início do ano, porém, revelou que as propriedades reflectivas da substância eram mais similares ao pólen de pinheiros. Um novo estudo confirmou a hipótese ao coletar amostras e analisar as partículas em laboratório.

Mais de 55% das árvores na Polônia são pinheiros, o que faz com que 30% de seu território esteja coberto por estas espécies. Sabendo agora do que se tratava, os cientistas puderam encontrar em imagens do passado mais 14 aparições das manchas entre 2000 e 2021, notando também seu aumento gradual no período e um surgimento cada vez mais cedo no ano.

As observações condizem com uma tendência global de aumento nos níveis de pólen, reportada em outros estudos como decorrente das mudanças climáticas — a NASA afirma que o carbono adicional na atmosfera permite que as plantas produzam mais desta substância.

Os responsáveis pelo estudo afirmam que, pela alta quantidade de material orgânico se aglomerando na superfície do oceano dessa forma, pesquisas futuras precisam avaliar o impacto das manchas de pólen no ecossistema marinho. Além disso, especialistas em saúde pública dizem que a tendência de aumento no pólen pode afetar pessoas alérgicas.

Fonte: Remote Sensing of Environment Via: Live ScienceNASA Earth Observatory