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Brasil enfrenta onda de calor intensa neste fim de verão

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Março de 2024 às 09h33

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Pixabay/Pexels
Pixabay/Pexels

A população brasileira clama por alívio em meio às altas temperaturas, mas a partir desta segunda-feira (11), a onda de calor no país deve ficar ainda mais intensa. A previsão envolve marcas nos termômetros até 10 °C acima do considerado normal, tudo devido a uma massa de ar quente que vem do norte da Argentina. 

A chegada dessa terceira onda de calor vai ser marcada por um bloqueio atmosférico. Como resultado, as frentes frias não conseguem avançar e a manutenção do ar quente ganha força.

O cenário também impede a formação de nuvens carregadas, enquanto mantém o ar seco (e cada vez mais quente).

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Os meteorologistas estimam que o calor vai durar pelo menos dez dias, mas o calor excessivo deve ir muito além disso, e se estender por todo o verão, que acaba no próximo dia 20.

Regiões afetadas pelo calor

De acordo com o Metsul Meteorologia, a Argentina e o Paraguai são os mais afetados pelo calor nesta semana, com temperaturas estimadas em 43 °C a 45 °C. No Brasil, as consequências desse ar quente e seco impactam principalmente as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Centro-Oeste

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Na região Centro-Oeste, o alerta fica por conta do Mato Grosso do Sul, que se depara com máximas acima de 37°C, enquanto algumas cidades devem enfrentar 40°C.

Enquanto isso, na região do Pantanal (que faz fronteira com o Paraguai), o clima fica ainda mais quente: as máximas podem ultrapassar  40°C.

Sudeste

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No Sudeste, o interior de São Paulo é o principal alvo das altas temperaturas, principalmente perto do fim de semana. A máxima nas marcas no termômetro pode variar de 35 °C a 40 °C. Outra observação é que, na capital paulista, deve haver escassez de chuva durante esse período.

Em Minas Gerais, a chuva deve diminuir, o que contribui para o calor. O site estima que Belo Horizonte será tomada pelo ar quente principalmente nos dias 15 a 20, período que coincide com o calor intenso no Rio de Janeiro — neste caso, a máxima ultrapassa os 40 °C por vários dias.

Sul

Justamente por estar mais perto da Argentina e do Paraguai, a região Sul é a maior vítima da onda de calor: o Rio Grande do Sul vê máximas generalizadas acima de 30 °C, enquanto no Oeste, no Noroeste e nos vales, as máximas alcançam 37 °C a 39 °C.

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Por sua vez, Santa Catarina enfrenta máximas de 40 °C, principalmente nas áreas que fazem fronteira com a Argentina. O tempo deve ser ainda mais seco que nos outros estados, algo que só deve mudar na próxima semana, quando chega a umidade.

Por que faz tanto calor no Brasil?

Não é de agora que o país enfrenta o calor excessivo. Em novembro, a temperatura no Brasil chegou a bater os 45 °C. Ao Canaltech, o meteorologista Willians Bini — Chief Climate Officer da FieldPRO — explica que a massa de ar quente responsável por esses próximos dias de calor é um "fenômeno meteorológico comum associado a uma região de alta pressão onde se tem pouca nebulosidade", levando as temperaturas a níveis mais altos.

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O especialista chama a atenção para o fenômeno El Niño, associado a esta nova onda de calor: "Uma das características do El Niño é deixar, em média, as temperaturas mais altas. Se formos lembrar, desde o inverno do ano passado, a gente tem passado por um ciclo muito grande de vários períodos de calor. O inverno já foi mais quente, os meses de julho e agosto do ano passado foram os mais quentes já registrados no planeta desde que o homem passou a medir as temperaturas", aponta.

O que é onda de calor?

Segundo Bini, para configurar uma onda de calor, é preciso ter "pelo menos cinco dias seguidos em que a temperatura está 5 ºC acima da média". Resumidamente, há uma região de alta pressão que acaba ganhando força e se espalhando.

Questionado se há algum tipo de desastre associado à onda de calor, Bini afirma que algumas das consequências negativas envolvem a baixa umidade e questões de saúde, como o aumento de problemas respiratórios, mas que o desastre costuma vir por condições mais severas, como chuva, vento ou granizo, "algo que, justamente, a massa de ar quente e seco não traz".

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Fonte: Climatempo, Metsul Meteorologia