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Por que mudar para o Linux, parte 2

Por| 30 de Dezembro de 2015 às 13h10

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Por que mudar para o Linux, parte 2
Por que mudar para o Linux, parte 2

Muita gente tem curiosidade (ou até mesmo vontade) de conhecer o Linux e só não muda de plataforma por medo de ser "difícil demais" ou ter muitos "softwares incompatíveis com o Windows". Pensamento errôneo, obsoleto. O Linux pode sim substituir o Windows ou o Mac OS numa boa. E, nessa série, a gente explica o porquê.

Você provavelmente chegou até este artigo após ter lido a parte 1, certo? Senão, é só clicar no link abaixo para não perder o fio da meada:

Funciona do PC mais básico até máquinas de altíssimo desempenho

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É comum usuários de qualquer distribuição Linux permanecerem anos a fio usando a mesma máquina sem enfrentar lentidões ou necessitar realizar upgrades. Na maioria dos casos, a máquina só é substituída quando acontece um belo de um acidente irrecuperável. Isso acontece pois os desenvolvedores otimizam seus códigos ao extremo, beneficiando os usuários que possuem computadores que vão desde o Intel Atom até o Core i7.

Não raro, muitos usuários acabam “ressuscitando” seus computadores, trocando o Windows pelo Linux, e é interessante observar como um “computador fica mais rápido” usando basicamente a mesma configuração. Muitos dizem que os Macs são mais rápidos com a mesma configuração, se comparado com o Windows, e o mesmo acontece com as distribuições Linux. Não é que o Windows seja mais pesado, ou o Mac e o Linux sejam mais leves, mas sim que o Windows não foi projetado para rodar em qualquer configuração, já que ele é menos otimizado (há um motivo extra que veremos adiante).

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Até mesmo os antigos netbooks com as primeiras versões do Atom e 1 GB de memória RAM conseguem rodar sem grandes problemas, assim como computadores de altíssimo desempenho e supercomputadores. Esse é o motivo pelo qual os principais supercomputadores do mundo usarem alguma versão do Linux, cenário que não dá sinais de mudança para qualquer outro sistema no curto ou médio prazo, em vez de usar o Windows, OSX ou UNIX.

Comunidade e transferência de aprendizado

Se tivéssemos que descrever a comunidade Linux em uma palavra, essa seria, com uma boa margem de segurança, “prolífica”. A quantidade de material publicado sobre diferentes distros e em diversos fóruns sobre bugs conhecidos, dicas, tutoriais, curiosidades e assuntos afins é praticamente inesgotável. E dinâmica também, já que novos tópicos aparecem com uma boa frequência, antecipando tópicos que o usuário queira saber.

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Em outras palavras, é bastante raro encontrar um problema no Linux que não esteja devidamente documentado nessas comunidades com uma solução algoritmica, não exigindo grandes conhecimentos técnicos por parte do usuário. São basicamente etapas que devem ser seguidas para resolver um bug, ou implementar certo recurso, em especial nas distribuições mais populares, como Debian, Linux Mint, Fedora e Ubuntu.

Um ponto interessante é que esse conhecimento é, digamos, “transferível”. Por exemplo, se há um problema resolvido para o Ubuntu, existe uma grande probabilidade que funcione no Linux Mint, que usa o Ubuntu como base. Que, por sua vez, usa o Debian como base. E, com uma pequena modificação para usar as ferramentas de outra distribuição, como o Fedora, em especial para o gerenciamento de pacotes.

Segurança, software livre e privacidade

A plataforma Linux é imune a vírus, como muitos dizem? Não. Nenhum sistema é, na verdade, incluindo o OS X. Melhor ainda: são "imunes" a vírus, até que o próximo seja descoberto, já que pessoas mal-intencionadas estão sempre criando novas formas de invadir um sistema. De qualquer forma, podemos dizer que o Linux é sim “mais seguro” do que o Windows. Mais robusto, por assim dizer, e por vários motivos.

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O primeiro deles é o fato do que as distros Linux usam software livre, com um verdadeiro exército de desenvolvedores fechando possíveis brechas de segurança. Já que é possível ler o código, é mais fácil detectar possíveis falhas de segurança, algo que não é possível com o Windows, e tanto voluntários quanto empresas trabalham de forma combinada para resolver esses problemas, e toda a comunidade ganha com isso. Além disso, nada de espionar o usuário com trechos de código que ele não tem acesso: tudo é aberto, e sabe-se exatamente o que cada comando faz.

Temos também a separação entre usuário e administrador no Linux, que invoca o modo administrador (root) apenas quando necessário e informa exatamente o que irá acontecer. Como boa parte do uso diário de um sistema pode perfeitamente rodar no modo usuário, com um conjunto restrito de permissões aos módulos essenciais do sistema.

Não podemos esquecer também da parcela de mercado o Linux. O Windows vem pré-instalado em diversas máquinas voltadas para o consumidor, o que garante a dominância da plataforma. Ou seja, o público-alvo é muito maior para quem desenvolve todo tipo de malwares, que, por sua vez, depende apenas da Microsoft para detectar e corrigir problemas dentro do sistema.

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Conclusão

A fama de sistema operacional difícil ainda ronda as distribuições Linux, uma herança de suas primeiras versões, não tão pensadas para o usuário final, algo que está longe de ser verdade atualmente. Linux Mint, Ubuntu, Fedora, Kali, Elementary, apenas alguns exemplos de uma lista gigantesca, trabalham pesado nos últimos anos para melhorar a experiência de uso para o usuário final, de forma que grande parte das tarefas que eram executadas através de comandos específicos no Terminal pode ser realizadas de forma extremamente intuitiva atualmente.

Isso significa que as distros Linux são perfeitas? Melhor ainda: são, de forma completamente objetiva, superiores ao Windows? Não, já que não existe uma forma de classificar a superioridade de sistemas operacionais sem subjetivismos. Assim como o Windows e o OS X, é claro que o Linux tem seus problemas, boa parte deles devido à penetração de mercado do sistema. Por exemplo, algumas soluções de segurança bancária não são completamente adaptadas ao Linux. O Internet Banking da Caixa é um bom exemplo.

Outro “problema” é a falta de suporte de empresas comerciais de softwares de criação de conteúdo para Linux, o que faz com que muitos usuários que usem o Linux precisam de uma segunda máquina com Windows (ou usar dual-boot). Adobe e Autodesk são bons exemplos, focando no Windows e no OS X. Sim, é possível usar o Wine ou o CrossOver, mas ainda longe da experiência de baixar e instalar, com o suporte garantido pelo fabricante do software. Uma das “desculpas” usadas por essas empresas é a variedade de distribuições que exigiriam adaptações, o que é verdade, mas é algo secundário, com o apelo mercadológico em primeiro lugar.

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Jogos são um segundo ponto, bem minimizado pelo PlayOnLinux, mas sem o suporte dedicado de fabricantes. Uma das poucas exceções é o Steam, ainda com um catálogo restrito de títulos para a plataforma Linux, mas contando com games importantes, como o Civilization Beyond Earth, Euro Truck 2, 7 Days to Die e Portal. É um cenário que pode mudar bastante no futuro, já que o Steam OS, sistema operacional da Valve, usa o Linux como base.

São pequenos problemas que podem não afetar todos os usuários, já que há um conjunto de softwares extremamente poderosos para Linux que suprem boa parte das necessidades do usuário. Estamos preparando uma lista completa, separada por categorias, mas podemos mencionar o Blender (3D), GIMP (editor de imagens), LibreOffice (suíte de escritório), Inkscape (desenho vetorial) e Scribus (editoração), além de programas comerciais suportados, como Skype (VoIP), Spotify (streaming de música) e VirtualBox (máquina virtual).

Ou seja, vale experimentar. É de graça!