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YouTube bloqueia canais estatais russos na Europa

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 01 de Março de 2022 às 09h56

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Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech
Tudo sobre YouTube

O Google anunciou que o YouTube passou a bloquear geograficamente os meios de comunicação controlados pelo governo da Rússia na Europa. O veículo Russia Today (RT) e o Sputnik são financiados pelo estado russo e estariam sendo utilizados para disseminar propaganda positiva do ataque contra a Ucrânia.

Em um tuíte oficial, a representação europeia do Google anunciou que a restrição de acesso foi aplicada para todos os países europeus. “Devido à guerra em andamento na Ucrânia, estamos bloqueando canais do YouTube ligados a RT e Sputnik em toda a Europa, com efeito imediato”, destacou a mensagem.

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Qualquer pessoa em território europeu que tente navegar por um dos dois canais bloqueados é recebida com uma mensagem de que o conteúdo "não está disponível em seu país". Esse tipo de restrição costuma ser aplicado por IP, portanto uma simples VPN poderia resolver o problema, mas a maioria da população não deverá se dar ao trabalho de usar essa técnica.

A medida teria sido uma resposta da gigante das buscas à pressão que autoridades da União Europeia para ações mais duras. Na segunda-feira (28), o comissário de mercado interno da UE, Thierry Breton, teria feito uma videochamada com os CEOs do Google e do YouTube para pedir apoio na intensificação de sanções contra a Rússia.

O YouTube hospeda milhares de vídeos de veículos jornalísticos russos, quase todos afiliados ao Estado da Rússia, o que os transforma em porta-vozes de comunicados. O canal da RT afirma que o perfil é a rede de notícias mais assistida no YouTube, portanto essa restrição pode ter grande impacto na audiência.

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Monetização suspensa e rótulos informativos

Ontem, a plataforma já havia anunciado a suspensão da monetização destes e outros canais, como forma de pressionar a Rússia. Estima-se que os perfis russos tenham ganhado no ano passado até US$ 32 milhões, receita somente da publicidade inserida nos vídeos.

A Meta também decidiu restringir o alcance dos vídeos russos no Facebook e no Instagram, além de impedir a compra de propaganda para impulsionar conteúdos do país de Vladimir Putin. A empresa passou a rotular páginas e conteúdos vinculados à mídia estatal russa, o que desagradou o Kremlin, que ameaçou banir as redes sociais do país — punição semelhante foi expandida ao Twitter.

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Embora a medida afete a audiência dos canais russos, houve crítica internacional pelo fato de o YouTube apenas ter imposto a restrição geográfica, em vez de apenas excluir conteúdos ou suspender as contas, o que poderia frear a campanha propagandística russa. Por outro lado, há quem diga que esta seria uma violação da liberdade de expressão, já que toda guerra tem dois lados.

Fonte: Google Europe