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Muitos bloqueadores de anúncio ainda funcionam no YouTube

Por| 03 de Novembro de 2023 às 14h54

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Charlesdeluvio/Unsplash
Charlesdeluvio/Unsplash
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O YouTube está numa espécie de cruzada contra os bloqueadores de anúncios, mas muitas ferramentas ainda conseguem realizar essa ação livremente por lá, como revelaram um usuário do X (antigo Twitter) e testes conduzidos pelo Canaltech. A informação contraria um recente posicionamento da plataforma de vídeos, que anunciou um cerco aos adblockers em todo o planeta.

Bloqueadores ainda funcionam

No X, um sujeito chamado Junior Rocha (@rotchajunior) publicou uma thread na qual releva uma porção de bloqueadores de anúncios que ainda conseguem driblar as travas do YouTube.

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Ele cita opções para PC (como o bloqueador uBlock Origin e e a interface alternativa para o YouTube chamada Indivious), Android (os clientes alternativos Newpipe, Clipous e Skytube para celular e SmartTubeNext para Android TV, Fire Stick e outros dongles do gênero) e iOS/AppleTV (o cliente alternativo Yattee).

Em testes feitos pela redação do Canaltech, as sugestões dadas por Rocha realmente funcionam e ainda foi possível ir além: extensões com milhões de downloads nas lojas de Chrome e Firefox seguem trabalhando sem qualquer restrição.

Muita gente relata em redes como Twitter e Reddit que o YouTube tem impedido a reprodução de vídeos com o bloqueador ativado. Nesse caso, a única saída seria desativar o recurso e, para não ver mais anúncios, restaria apenas assinar a versão Premium. Entretanto, na prática, o YouTube ainda parece longe de expurgar todos os adblockers em praticamente todas as plataformas onde está disponível.

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YouTube x adblockers

A cruzada do YouTube contra adblockers começou em junho deste ano, quando a empresa iniciou “uma pequena experiência globalmente” para incentivar espectadores com esse tipo de programa ativado a “permitir anúncios no YouTube ou experimentar o YouTube Premium”.

“A detecção de bloqueadores de anúncios não é nova e outros editores pedem regularmente aos espectadores que desativem os bloqueadores de anúncios”, explicou à época a empresa ao Canaltech.

Vale lembrar que o uso de bloqueadores de anúncios violam os termos de uso do YouTube. A empresa explicou ainda que casos extremos poderiam levar a uma desativação temporária da reprodução de vídeos, mas não citou qualquer tipo de bloqueio ou suspensão da conta em si.

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Uma reportagem da Wired revelou uma espécie de corrida para desinstalar os bloqueadores: segundo a AdGuard, empresa dona de um adblocker, a média de desinstalação por dia saltou de 6 mil para 11 mil desde 9 de outubro.

Contudo, por outro lado, a versão paga do AdGuard, que consegue driblar a trava do YouTube, aumentou no mesmo período segundo o CEO da companhia Andrey Meshkov.

De modo geral, porém, apesar do grande número de opções que ainda funcionam, esses dados sugerem que muita gente tem preferido remover o adblocker para usar o YouTube.

Por que o YouTube “persegue” os adblockers?

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A iniciativa global de combate aos bloqueadores de anúncios no YouTube tem uma razão bem clara e óbvia até: não prejudicar o desempenho da publicidade veiculada na plataforma.

Anunciantes são uma das principais fontes de receita do YouTube e parte do dinheiro arrecadado com isso é dividido com criadores por meio de programas de parcerias. Assim, quando um utilizador não assina a plataforma, acaba por ver anúncios para “compensar” o uso gratuito.

O Canaltech procurou o YouTube para saber mais sobre o fato de bloqueadores ainda funcionarem na plataforma, mas não houve resposta até a publicação deste texto. A matéria será atualizada caso haja alguma novidade.

Se você usa o Adblock e está com problemas no YouTube, aprenda a desativar o recurso no computador e no celular.