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Deezer descumpre promessa e aumenta preços em até 30%

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 21 de Outubro de 2021 às 10h24

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(Imagem: Divulgação/Deezer)
(Imagem: Divulgação/Deezer)
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Em abril, o Deezer provocou o Spotify por aumentar o valor dos planos e prometeu que não mexeria nos seus próprios valores cobrados no meio da pandemia, como forma de ajudar as pessoas a superar esse momento de dificuldade. Apenas seis meses depois, a ideia parece ter ficado no passado, já que o serviço de streaming de áudio aumentou o valor do plano Premium de R$ 16,90 para R$ 24,90 por mês e do plano Família de R$ 26,90 para R$ 34,90 — e isso sem fazer muito alarde.

A modificação nos valores pegou muita gente de surpresa, já que foi feita sem divulgação prévia ou comunicação global. No Reino Unido, onde a empresa já se posicionou oficialmente, o preço foi de 9,99 libras por mês para 11,99 libras, enquanto o plano Família saltou de 14,99 libras para 17,99 libras.

Embora haja um padrão de melhoria da pandemia em muitos países, a Europa passa por um momento de agravamento da situação, especialmente no Reino Unido. Além disso, a empresa havia garantido em abril ue um aumento de preços seria anunciado com pelo menos três meses de antecedência para não pegar ninguém de surpresa.

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Lá fora, o streaming de música francês justificou o ato ao colocar a culpa nos concorrentes, Amazon e Apple, que oferecerem músicas em HD como parte dos seus planos de assinatura padrão. O Deezer também deve entregar sons de alta qualidade em planos mais básicos, porém com esse reajuste no preço final, porque haveria um custo maior para a empresa.

“Tomamos a decisão de fazer do HiFi nosso novo padrão de som e de ajustar nossos preços no Reino Unido”, disse o CEO da Deezer, Jeronimo Folgueira, nomeado na mesma época em que a promessa de preço congelado havia sido feita. “Queremos oferecer aos amantes da música a melhor experiência disponível, bem como contribuir para o crescimento contínuo da música em todo o mundo.”

A empresa alegou que o reajuste levará mais dinheiro para músicos e compositores, um dos setores mais afetados pela pandemia e parte de uma indústria que "não aumentou seus preços em mais de 10 anos". Esse aumento chega em um momento de frustração de clientes com o Deezer, já que muitos dispositivos estão incapacitados de rodar o serviço por causa de um problema com certificados de segurança expirados — o que continua sem solução após semanas.

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Guerra da qualidade nos streamings de áudio

A mudança do Deezer ocorre na mesma semana em que a Amazon Music anunciou o acesso liberado ao spatial audio, recurso semelhante ao oferecido pela Apple Music para os assinantes. Tudo começou com a Tidal, a primeira a investir nos áudios sem perda de qualidade como um diferencial para o cliente, seguida pela Maçã e seus fones de ouvido superavançados.

O segmento de streaming musical então começou uma batalha para ver quem oferece a melhor qualidade de som pelo menor valor, com os vários serviços tentando superar uns aos outros. Atualmente, apenas o Spotify não entrega uma qualidade de som superior como os concorrentes, pois tem um enfoque de negócios diferente.

E no Brasil?

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Por aqui, o aumento foi bastante considerável, afetou todos os planos e chega a cerca de 30% de aumento. Segundo o site oficial, os valores agora são os seguintes:

  • O plano Premium era R$ 16,90 e passou para R$ 19,90;
  • O plano Família saltou de R$ 26,90 para R$ 34,90;
  • O plano HiFi não será anexado ao premium e passará de R$ 26,90 para R$ 34,90.

O Canaltech entrou em contato com  Deezer no país para entender melhor a mudança de preços e o impacto nos serviços. Em nota, a companhia reforçou que os aumentos foram aplicados pela necessidade da plataforma em "se adaptar ao atual mercado do streaming de música". A empresa reforça, porém, que os preços ajustados valem apenas para assinaturas feitas a partir de 4 de outubro de 2021 e que clientes atuais não terão os preços reajustados "nessa etapa".

Confira a nota na íntegra:

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Em decorrência da necessidade da Deezer se adaptar ao atual mercado de streaming de música, aumentamos nossa mensalidade globalmente apenas para os novos usuários da plataforma que adquirirem qualquer um dos nossos planos a partir do dia 4 de outubro de 2021. A decisão foi tomada para garantir a continuidade do apoio da companhia à música e aos artistas brasileiros, enquanto fornece aos novos usuários da plataforma o melhor conteúdo de áudio, com uma ampla gama de recursos exclusivos. Reforçamos que os atuais clientes não são afetados nessa etapa. Quaisquer futuras mudanças serão comunicadas dentro de um período adequado.

Fonte: Forbes, Deezer