ChatGPT atinge 100 milhões de usuários em apenas dois meses
Por Alveni Lisboa • Editado por Douglas Ciriaco |
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O ChatGPT pode ter superado a marca de 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro de 2023. O feito impressiona pela rapidez com que foi alcançado, já que a ferramenta foi disponibilizada ao público em 30 de novembro do ano passado. Os dados foram repercutidos pela empresa de análise de investimentos UBS para comparar com outros serviços populares.
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Em apenas um mês, o chatbot registrou 57 milhões de usuários ativos mensais, número que quase dobrou em menos de 30 dias. Por dia, a OpenIA recebeu um tráfego médio de 17 milhões de visitantes únicos no site onde funciona o ChatGPT. O crescimento meteórico é muito superior a qualquer app ou rede social na história.
O TikTok levou nove meses desde o seu lançamento global para atingir os 100 milhões de usuários mensais. A rede social dos vídeos curtos parecia imbatível até então, impulsionada pela forte adoção do público jovem. Já o rival Instagram levou cerca de dois anos e meio antes de também chegar ao marco.
A grande dúvida agora é saber se o chatbot poderá manter o nível de interesse nos próximos meses. Segundo o analista da UBS, Lloyd Walmsley, este poderia ser apenas um efeito de manada em razão do burburinho, sem obter o chamado "poder de permanência".
"Este é o aplicativo de consumidor mais rápido que já vi atingindo 100 milhões de usuários ativos mensais em minha carreira, cobrindo este espaço. [...] É assustador", disse em entrevista à CBS.
ChatGPT no centro das atenções
Embora se proponha a oferecer respostas para todos os questionamentos, o ChatGPT também se destaca na parte de produção escrita e até na programação de softwares de computador. O maior problema atualmente é a falta de confiança nos dados, pois há muita informação equivocada e sem indicação da fonte.
O robô inteligente ainda está no centro de intensas polêmicas relativas aos direitos autorais e aos créditos pelo trabalho desenvolvido. Escolas e universidades também estão preocupados com o uso inadequado por alunos, pesquisadores e cientistas.
A ferramenta é um fenômeno de atratividade e inovação, tanto que o Google começou a acelerar suas mais de 20 pesquisas de IA no intuito de rivalizar com a OpenAI. A Microsoft está feliz com a solução: além de ser acionista do projeto, já começou a levar o GPT-3.5 (tecnologia por baixo do ChatGPT) para a suíte de aplicativos Microsoft 365 (antigo Office) e para o mecanismo de buscas Bing.
Os desenvolvedores da ferramenta também querem começar a tirar algum lucro extra, por isso já anunciaram um serviço de assinatura pago para quem precisa de mais recursos. Por um valor fixo mensal de US$ 20, a pessoa terá prioridade na fila de uso do ChatGPT e ainda receberá, de modo imediato, acesso às inovações implementadas futuramente. Quem só estiver disposto a brincar com a ferramenta, ainda dará para usar o chatbot gratuitamente, embora de modo limitado.
Fonte: CBS