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Google pode usar o buscador para ensinar idiomas

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 17 de Junho de 2021 às 15h00

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Rubens Eishima/Canaltech
Rubens Eishima/Canaltech
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O Google prepara uma nova ferramenta para aprendizado de novos idiomas, aponta uma reportagem do site The Information. A companhia pretende utilizar o buscador, uma das suas principais plataformas, para ensinar línguas estrangeiras aos usuários em um projeto conhecido internamente como Tivoli.

Durante o Google I/O 2021, o CEO Sundar Pichai pincelou informações relacionadas a um modelo de inteligência artificial focado no desenvolvimento de diálogos com auxílio de tecnologia por meio do chamado LaMDA (Language Model for Dialogue Applications). Parte desses esforços, segundo integrantes do projeto misterioso, é uma ferramenta de aprendizado integrada ao Google que deve ser lançada em algum momento deste ano.

Contudo, o buscador não seria o único a receber a novidade. Desenvolvedores da companhia estudam complementar o mecanismo de aprendizado a outros produtos da companhia. O YouTube, por exemplo, poderia apresentar questionários sobre um vídeo assistido para traçar a evolução do usuário no aprendizado de um novo idioma, encorajando o consumo de conteúdo naquela língua.

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Basicamente, a novidade dá novos usos ao amplo conhecimento do Google sobre idiomas do mundo inteiro. Levar essas informações para uma ferramenta mais presente que um simples tradutor torna esse modelo de inteligência artificial mais útil para o dia a dia.

Uma ramificação do LaMDA

Segundo o The Information, o Tivoli está em desenvolvimento há cerca de dois anos e, no começo, se apoiava no modelo de conversação em estágios iniciais, o Meena — que eventualmente se tornou o LaMDA. A IA apresentada pelo Google no seu maior evento do ano se mostrou capaz de proporcionar diálogos fluidos e coerentes, mas ainda será restrita aos laboratórios da companhia por um tempo.

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Para quem perdeu o evento, o modelo é fruto de um apurado sistema de aprendizado de máquina que interpreta a pergunta e produz uma resposta única. LaMDA herda avanços obtidos no BERT e da GPT-3 para analisar palavras antes e depois de forma contextualizada, além de calcular as possibilidades de uso de cada termo em um piscar de olhos.

Para demonstrar os avanços da ferramenta, o Google colocou a tecnologia no papel de Plutão em uma conversa com uma pessoa. A IA passou pelo diálogo com respostas extremamente coesas e algumas até bem humoradas, em que comentava sobre os “sentimentos” de ser caracterizado como um planeta anão.

LaMDA ainda não está 100%

Na conferência, Pichai esclareceu que a IA nem sempre funciona da forma que deveria e ocasionalmente devolve “respostas sem sentido”. Por isso, o LaMDA ainda está em desenvolvimento. Além disso, a ferramenta é capaz de interpretar somente texto, portanto, imagens e áudio ainda estariam de fora.

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Por fim, o Tivoli, que cresceria como uma ramificação do LaMDA, também chegaria ao Google Assistente e implementaria formas diferentes de se aprender outro idioma. Por enquanto, não há detalhes sobre como esse mecanismo seria utilizado.

Sendo assim, não há datas para o lançamento, tampouco apresentação da ferramenta. Se o projeto for para frente nos escritórios do Google, é provável que a companhia esclareça todas as dúvidas sobre o Tivoli no anúncio.

Fonte: The Information