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Nem tudo são flores: saiba o que piorou no Android 12 — até agora

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 15 de Junho de 2021 às 18h25

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Divulgação/Google
Divulgação/Google

O Android 12 pode estar longe de ser uma realidade para a maioria esmagadora dos celulares, mas é bom estar preparado. Ao lado de uma nova interface e mudanças positivas no gerenciamento da privacidade do usuário, o Google tomou algumas decisões questionáveis em relação à usabilidade do sistema.

Uma das principais adições do Android 11 foi a integração de uma nova ferramenta ao menu de energia do sistema: um acesso rápido a dispositivos conectados à conta do Google. Com isso, a companhia se posicionava para um novo momento da tecnologia, com a proliferação do conceito de casa conectada.

Ao que tudo indica, o Google mudou de ideia neste ano. Com o Android Beta 2, a empresa decidiu dificultar o acesso a essa ferramenta, que agora ocupa apenas um quadro na cortina de notificações do sistema.

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No lugar, a empresa optou por exibir um pop-up convencional ao pressionar o botão de energia, que exibe apenas quatro botões: Emergência, Desligar, Reiniciar e Captura de Tela.

A empresa deve ter optado pela solução potencialmente para facilitar o processo de desligar o celular, especialmente para quem não tem tanta intimidade assim com procedimentos um pouco mais avançados. No entanto, aqueles que acreditaram na visão do Google de controlar todos os aparelhos da casa em uma mesma tela agora precisam lidar com uma maior burocracia para controlar seus dispositivos conectados.

Vamos supor que você quer apagar as luzes conectadas do seu quarto antes de dormir. O processo com o Android 11 é simples, mesmo se a tela estiver bloqueada: pressione o botão de energia e aperte as teclas referentes às lâmpadas do seu quarto. Também é fácil ajustar a intensidade da iluminação arrastando o dedo para a direita e para a esquerda.

Um ano no futuro, o procedimento é mais burocrático. Você precisa desbloquear a tela, abaixar a cortina de notificações, pressionar o botão “Controles do Dispositivo”, e só então você pode apagar as luzes.

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Para quem não aderiu à tendência dos objetos conectados, pode parecer um exagero, mas incluir dois passos adicionais em uma tarefa tão simples e recorrente quanto controlar a iluminação da casa cria uma nova curva de aprendizado e torna o processo bastante desagradável. Não é difícil perceber como esses pequenos empecilhos podem criar dor de cabeça em alguém que foi muito além das lâmpadas e está totalmente investido na ideia da casa conectada.

A sensação é que o Google não quer que seus usuários controlem seus dispositivos pela interface de toque no celular. Faria sentido, afinal, do ponto de vista de negócios. Afinal de contas, é interessante para a companhia vender aparelhos como o Nest Mini e o Nest Home, que permitem usar comandos de voz para interagir com a casa conectada. A experiência, no entanto, nem sempre é positiva; quem já foi mal interpretado pelo Google Assistente sabe bem o que é isso.

Não é só a casa conectada

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O Android 12 tornou outras tarefas simples mais burocráticas. O Beta 2 também trouxe uma alteração na forma como se liga e desliga o Wi-Fi no celular. Quem nunca passou pela situação de desabilitar temporariamente o Wi-Fi para ver se a conexão melhora ao usar o 4G?

Até o Android 11, isso era simples: basta abaixar a cortina de notificações e pressionar o botão de ajustes rápidos, que permitiam desligar o Wi-Fi com apenas dois toques no display. No lugar, o Android 12 trouxe um bloco de configuração rápida novo chamado “Internet”, que concentra as configurações rápidas de rede que é bem pouco óbvia a uma primeira vista.

Ao tocar nessa opção, o sistema exibe as redes sem fio próximas disponíveis e a sua operadora de telefonia móvel. Não é claro, mas para desabilitar o Wi-Fi, é necessário tocar no nome da sua operadora, que é a forma pela qual o sistema entende que o usuário quer navegar no 4G.

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Não está escrito em pedra

O Google ainda tem tempo de corrigir essas falhas na experiência de uso do Android 12. O sistema ainda tem pelo menos mais uma versão beta pública pela frente antes de chegar à versão final, e a empresa ainda pode mudar de ideia com base em comentários dos usuários.

Até o Beta 1, de maio, os pontos mencionados acima funcionavam de forma idêntica ao Android 11, então não deve ser difícil para o Google reverter o que foi implementado na segunda versão.