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ChatGPT deve complementar o trabalho, não destruí-lo, aposta ONU

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 24 de Agosto de 2023 às 10h51

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Frimufilms/Freepik
Frimufilms/Freepik

Um estudo feito pela Organização Internacional do Trabalho (ILO, na sigla em inglês) considerou que as IAs generativas como o ChatGPT, Bard e outras devem melhorar a rotina de trabalho, não substituir os trabalhadores. A ideia da agência que pertence à Organização das Nações Unidas (ONU) é de que a tecnologia auxiliará na automação de tarefas, além de aumentar o ritmo de entregas e autonomia dos trabalhadores.

As conclusões aparecem em uma pesquisa global que analisou, justamente, os efeitos potenciais do uso da IA generativa nos empregos modernos. A ideia da ONU é que, no cenário atual, apenas parte das carreiras está exposta à automação, enquanto esse fator também pode variar de acordo com a estrutura econômica de cada país, principalmente no que toca o abismo tecnológico e de desenvolvimento em cada nação.

De maneira geral, a ONU vê os cargos administrativos como os mais impactados por sistemas como o ChatGPT, com um quarto das tarefas tendo alta exposição e metade delas tendo médio impacto. Em setores profissionais, técnicos e de gerência, entretanto, esse índice cai bastante, com somente 25% das tarefas tendo influência apenas média dos impactos que as IAs generativas devem trazer ao mercado.

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Nos países mais desenvolvidos, apenas 5,5% dos postos de trabalho devem sentir impactos potenciais da automação trazida pela inteligência artificial, enquanto nas regiões mais pobres, essa taxa é de meros 0,4%. A desigualdade também aparece entre gêneros, com cargos ocupados por mulheres tendo o dobro da probabilidade de serem atingidos pela IA generativa em relação aos empregos ocupados por homens.

Segundo a ONU, isso se deve ao fato de cargos administrativos serem ocupados por elas, principalmente nos países em desenvolvimento, onde se tornaram uma fonte importante de emprego. Nessa conclusão, também aparece a ideia mais negativa de todo o estudo, indicando que, nas nações mais pobres, algumas posições existentes em outros territórios podem nunca vir a existir, com os trabalhos sendo divididos entre outros cargos com o auxílio da IA.

Visão positiva da inteligência artificial

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Ao contrário do que se poderia esperar de um estudo focado no impacto das IAs generativas no mercado de trabalho, a ONU vê o avanço da tecnologia como benéfico. O estudo, por exemplo, demonstrou que todos os países do mundo têm potencial semelhante para aplicação desses avanços, ainda que de maneiras dedicadas a cada território, com a possibilidade de desenvolvimento considerável nas nações emergentes.

Por outro lado, a organização aponta que esse crescimento precisa ser gerenciado por políticas de design e um ordenamento que garanta uma transição justa para os trabalhadores. Isso envolve a adequada proteção social, treinamentos especializados e também a participação deles, caso contrário, o risco é que apenas nações desenvolvidas usufruam dos benefícios.