Amazon cria plataforma para empresas criarem o próprio ChatGPT
Por Igor Almenara | Editado por Douglas Ciriaco | 13 de Abril de 2023 às 13h53
A Amazon entrou no mercado de inteligência artificial nesta quinta-feira (13), mas não com um chatbot próprio: a empresa agora oferece três modelos de linguagem através da Bedrock, plataforma da Amazon Web Services (AWS). As ferramentas permitirão que consumidores (incluindo empresas) criem bots próprios usando a tecnologia, poupando tempo de desenvolvimento de soluções próprias.
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"Vários consumidores estão fortemente interessados em soluções com IA generativa", disse o CEO da AWS, Adam Selipksy. "Eu diria que na maioria das minhas conversas com clientes agora surgem perguntas sobre IA generativa, sendo a pergunta principal: 'Quando poderemos obter soluções que queremos?'", continuou.
A Amazon, porém, não disputará diretamente com produtos finais como ChatGPT, Bing, ou Bard. A empresa trabalhará nos bastidores, aproveitando sua infraestrutura e base de clientes no mercado de serviços em cloud para viabilizar a criação de produtos avançados com IA — quase como um intermediário.
Bedrock na AWS
A Bedrock será uma plataforma da AWS que dará acesso a dois modelos de linguagem avançados das startups Anthropic e AI21, duas competidoras diretas do ChatGPT e Google Bard. Dois desses modelos são o Titan Text, que consegue gerar respostas a partir de prompts do usuário e o Text Embeddings, capaz de gerar representações matemáticas de um texto útil para traduções e buscas.
Além da dupla, o AWS também servirá como ponte para usar o Stable Diffusion, um modelo de IA capaz de gerar imagens com base em descrições em texto da Stability AI.
"A Bedrock remove atritos significativos das empresas que implantam modelos generativos", disse o CEO da Stability AI, Emad Mostaque. "[A plataforma] é ideal para nossos modelos abertos que podem acessar facilmente os dados dos clientes", complementou.
Mais segurança para dados
A intermediação da AWS também servirá como uma camada de segurança para a interação com os modelos. Empresas que lidam com dados sensíveis (seguradoras e instuitições financeiras, por exemplo) precisam ter enorme preocupação com as informações que guardam, por isso não podem arriscar tê-las expostas por um produto com IA.
"É altamente improvável que exista um modelo que seja a resposta certa para todos os clientes e para todos os casos de uso", disse Selipsky. "Queremos oferecer opções e flexibilidade", complementou.
Fonte: WIRED