Windows 11 aumenta preço de chips TPM, mas não há motivo para alarde
Por Felipe Junqueira | Editado por Wallace Moté | 30 de Junho de 2021 às 13h05
O preço de mais um componente de informática começou a subir vertiginosamente depois que a Microsoft anunciou a exigência de um módulo de segurança específico como requisito para instalar o Windows 11. O culpado da vez é o TPM (Trusted Platform Module), um chip de segurança que, curiosamente, é padrão em PCs desde 2016.
- Microsoft explica por que o TPM 2.0 é obrigatório para usar o Windows 11
- Windows 11 terá apenas uma grande atualização por ano, revela Microsoft
- Windows 11 terá suporte nativo a aplicativos de Android
De acordo com uma publicação do chefe global de produtos hardware da HTC, Shen Ye, o preço de um chip TPM 2.0 da Gigabyte subiu de US$ 25 para US$ 100 em um período de apenas 12 horas. E segundo o site Tom’s Hardware, outras marcas também tiveram aumento de preço no módulo desde o anúncio da Microsoft sobre a necessidade da proteção extra para quem quiser atualizar o computador para o Windows 11.
“Microsoft, será que você poderia não impor a necessidade de um TPM em meio a uma escassez de silício?”, implorou o executivo. “Especialmente considerando que muitas placas-mãe de desktop só suportam o TPM como um acessório adquirível”, observou Ye.
Não se desespere (ainda)
É altamente recomendado manter a calma antes de sair correndo para procurar e garantir o seu TPM 2.0. Apesar de alguns modelos do chip terem esgotado e outros terem aumentado de preço em até quatro vezes o valor inicial, o componente não deve ficar em falta tão cedo.
Além de ter bons estoques, o módulo já vem embarcado em praticamente todos os computadores que rodam Windows desde 2016, como exigência da Microsoft para aumentar a segurança dos dispositivos. Infelizmente, algumas fabricantes o deixam inativo, e basta uma visita à BIOS para ativar e liberar a instalação do Windows 11.
A corrida pelo componente fica ainda mais inútil quando são analisados todos os requisitos para atualizar um computador para a nova versão do sistema operacional: apenas aqueles fabricados a partir de 2017, já com a oitava geração dos processadores Intel Core, ou AMD de 2ª geração, serão compatíveis, ao menos neste primeiro momento.
O problema é que essa busca, aparentemente injustificada, pode gerar uma falta de estoque mais para a frente, quando alguns usuários começarem a trocar computadores antigos por máquinas mais recentes justamente para rodar o Windows 11.
Por ora, apenas uma quantidade muito pequena de usuários realmente deve precisar ir atrás de um TPM, especialmente quem montou o próprio PC e não se atentou a esse detalhe. Veja o tutorial do Canaltech sobre como verificar se tem um módulo TPM ativo em seu computador.
Fonte: Tom's Hardware